
Ao longo dos últimos dias não se falou de outra coisa: a virose que afetava parte do grupo de trabalho do Benfica estava descontrolada e ameaçava mesmo o clássico deste domingo, dia 5 de outubro, frente ao FC Porto. Depois de dias de aflição, marcado por sintomas severos como vómitos, em conferência de imprensa, José Mourinho, ele próprio uma das vítimas da virose, falou aos jornalistas para garantir que tudo está no bom caminho.
"Há um jogador que é o grande culpado, eu sei quem é e brinco com ele (risos), depois fui eu... Foi preocupante há uns dois dias, mas hoje toda a gente treinou. Ainda equacionámos viajar para o Norte separados, mas não será necessário. A tendência é que amanhã estaremos melhor do que hoje. Mas não pensámos no adiamento", referiu, acrescentando que se não houver novos jogadores afetados, a equipa estará a 100 por cento.
"O dia de hoje era importante para vermos como os jogadores se sentiam, eu próprio queria ver como estava hoje e senti-me normal, os jogadores também. Desde que não haja marcha-atrás, não haverá problemas. O onze? Não lhe respondo. Mas nada que estará relacionado com mais tosse ou vómito".
A 'maldição' da virose é agora um assunto encerrado para o treinador do Benfica, que prepara o seu regresso ao Dragão num jogo de emoções fortes.
"Esqueçam a virose, isso não entra para mim na equação. Amanhã depois do jogo nem quero falar de virose, a não ser que de hoje para amanhã perca jogadores fundamentais. O treino decorreu com total normalidade, não houve jogadores com sintomas. Estamos em momentos diferentes óbvios. O FC Porto tem muito trabalho por trás, tiveram pré-época, não jogaram playoffs. Há muito trabalho ali, a equipa está bem, tem uma estrutura óbvia, dinâmicas bem adquiridas, os resultados são consequência do muito trabalho que têm e que nós não temos. Hoje foi dos poucos treinos em que tive a equipa toda, com o handicap de amanhã haver jogo. O trabalho é muito com base na análise e tentar fazer a equipa a crescer. O FC Porto tem uma boa equipa, muito solidificada, com o dedo do treinador. Mas não é favorito por isto".