Joana Ramirez, conhecida como a "advogada do jet-set", tornou-se notícia nos últimos dias depois de ser internada de forma compulsiva na ala psiquiátrica de um hospital do Porto, na sequência de uma avaliação clínico-psiquiátrica que confirmou que a advogada sofre de doença mental e foi considerada um perigo para si e para terceiros, de acordo com notícia do 'Jornal de Notícias'.
O polémico internamento aconteceu depois do insólito episódio na última sessão de julgamento, a 21 de outubro, em que a arguida está acusada de abuso de confiança, falsificação de documentos e burla qualificada, crimes que lhe terão rendido uma quantia de quase um milhão de euros, pela família do diretor-executivo da Rockfeller Investments, António Pereira Coutinho, que alega ter sido lesada.
A mediática "advogada do jet-set" surgiu no tribunal com uma máscara de gás nas mãos, ao mesmo tempo que afirmava ter medo de ser gaseada durante a sessão, e ameaçou fazer justiça pelas "próprias mãos", caso o tribunal não acolhesse uma queixa apresentada por si contra todos os intervenientes que a acusam de prática de burla, tal como a FLASH! já tinha noticiado.
Mas esta não foi a primeira vez que Joana Ramirez – que foi casada com Vasco Ramirez, o filho do dono da empresa de conservas Ramirez – causou o caos numa sala de audiência. Já em 2023, a também ex-comentadora do Porto Canal tinha protagonizado mais um acontecimento bizarro ao pedir o adiamento do julgamento pela 21.ª vez desde 2018, alegando desejar ser representada por um advogado diferente daquele que lhe fora nomeado pela Ordem, Carlos Quaresma.
O requerimento acabou rejeitado pela juíza-presidente, Mariana Roque Caetano, mas o adiamento haveria de se dar por outra via, quando um representante de um dos filhos de um dos elementos da família Brochado Coutinho, alegados lesados de Joana Ramirez, se esqueceu de levar documentos essenciais para poder intervir.
Perante o anúncio de que a audiência ficaria para outra data, Joana Ramirez protestou aos gritos: "Como é que este tribunal aceita estas manobras?" Quando a juíza-presidente assinalou que foi a própria acusada quem começou por pedir o adiamento, esta voltou a intervir: "Não aceito faltas de respeito. Primeiro eu, só a seguir é que estão os outros", tendo acusado os juízes do tribunal de "má-fé processual".
Recorde-se que Joana Ramirez foi casada com o filho do dono da famosa empresa de conservas Ramirez, tendo dele "pedido emprestado" o apelido, apesar de nunca ter sido aceite na família pelo patriarca. Apesar de ter vivido na Foz, pediu ajuda ao Estado, em 2019, para ter apoio judiciário, argumentando que vivia em situação de carência, no caso em que pedia 2,5 milhões de euros, relativos a uma quota de 6,5% da empresa Ramirez, após o final do casamento, por ter sido acordada a comunhão de bens.