
Ainda que debilitada por causa dos tratamentos ao cancro do pâncreas, Jó Caneças fez questão de ir à gala Royal Oscars, esta sexta-feira à noite, dia 31 março, no Petit Palais, em Lisboa. "Os meus amigos insistiram tanto para que eu viesse e eu fiz esse esforço, estou desconfiada que devem ter preparado alguma surpresa", disse Jó, em conversa com o site FLASH!. E tinham. A socialite foi homenageada com o prémio Coragem.
Esta foi a primeira vez que a mulher de Álvaro Caneças saiu de casa para a ir a algum lado que não a Fundação Champalimaud, onde está a fazer quimioterapia. "Hoje ganhei coragem, ao fim de 3 meses, de sair de casa. Não saia desde o dia 31 de dezembro (só para ir ao hospital, claro). A seguir à passagem do ano, descobri que tinha isto e a partir daí fiquei logo de cama, com muitas dores. E agora é assim, é um dia de cada vez. Tenho estado muito debilitada. Nem ao meu jardim vou, nem à horta. Não posso, até para não apanhar infeção nenhuma, para os cães não saltarem para cima de mim…", explicou.
"Esta semana, como tinha este evento, estive a fazer tudo por tudo para me sentir melhor, para não arranjar nenhuma inflamação, para ver se conseguia vir aqui. Mas o barulho, o fumo e o cheiro dos perfumes, já não estou a aguentar bem", desabafou.
A ESPERANÇA NA OPERAÇÃO
Jó contou que "graças a Deus, a quimioterapia acaba já esta segunda-feira", dia 3 de abril. Depois disso, tem de "esperar 15 dias, para repetir todos os exames" e saber se pode ser operada. "Se tudo estiver bem, vou fazer a cirurgia. E isso seria um muito bom sinal. O que me deita abaixo é a quimioterapia, custa muito. São quimioterapias de 8 horas e ainda levo uma botija para casa para fazer mais 48 horas, dia e noite, de tratamento."
Força, energia e positivismo, são palavras que descrevem a personalidade de Jó Caneças. Características que a socialite tem tentado manter nesta sua luta contra o cancro. "Eu continuo assim, com força e cheia de esperança. Mas às vezes, vou-me abaixo, como é normal. Há dias em que me sinto de rastos. E aí é que nem posso falar nem ouvir ninguém. Mas mesmo assim, já fiz uns almocinhos lá em casa. Tenho um grupo de amigos mais chegado que me dá muita força e, de vez em quando, organizam lá uns almocinhos em casa. Mas assim que acabavam os almoços, dizia: agora vão-se embora que eu já não aguento mais. Mas eu acredito que vai tudo correr bem. A minha mãe morreu com 43 anos com o mesmo problema, mas eu não vou morrer já."