
Susana Dias Ramos mostrou-se insatisfeita com a recusa de Rafael Mota de cantar o ‘Grândola, Vila Morena’ na casa de ‘O Triângulo’, em ocasião do 25 de Abril, opção que depois justificou pelo receio de desrespeitar inadvertidamente a letra. "Antes calar torto do que calar a liberdade", referiu a psicóloga.
Posteriormente, explicou o significado que a Revolução dos Cravos, e a luta pela liberdade a ela inerente, teve na sua família: "O meu pai pertencia à Polícia Militar, na altura do 25 de Abril, há 49 anos, lutou pelos nossos direitos e acabou preso, porque suspeitou-se que ele tinha armadilhado o quartel militar, daí o terem prendido, e depois com a revolução e toda a liberdade que foi conquistada ele acabou por ser solto, um tempo mais tarde", afirmou à ‘TV 7 Dias’.
"Para mim, em casa, sempre foi uma coisa que nos ensinaram muito, ou que ele me ensinou muito, que foi lutar pelos nossos direitos, lutar pela nossa liberdade e nunca calar a nossa voz. O meu pai era um homem que gritava liberdade por todos os poros, gritava vontade de conquistar essa liberdade, e acho uma pena não darmos valor a esta liberdade que, há 49 anos, não existia", continuou a comentadora do formato da TVI.
"Às vezes esquecemo-nos de certas ‘nuances’ que aconteceram e não damos o devido valor ao que é o 25 de Abril", completou. Refira-se que o pai de Susana Dias Ramos faleceu em 2019, vítima de um AVC.