
Vinte e seis anos depois de ter lançado o seu primeiro livro ‘Sei Lá’, que se tornou um bestseller e foi adaptado ao cinema, e depois de ter estado três anos sem lançar uma obra, a escritora Margarida Rebelo Pinto, de 59 anos de idade, acaba de regressar aos livros com ‘A Grande Ilusão’, um romance com a chancela de uma nova editora, a Alma dos Livros.
A autora escolheu para apresentar o seu mais recente bebé literário o comentador político Miguel Morgado, da SIC, e ambos acabaram a tarde a trocar elogios. Em relação ao novo livro, assegura que este surge na senda dos romances anteriores, onde fala de pessoas. “Crio personagens que são inspiradas em pessoas que conheço, misturo-as. Ninguém sabe o que é ficção e o que é verdade”, dispara.
O livro que acaba de lançar retrata “uma geração marcada pelo individualismo e que quer estar sempre bem, que se quer manter sempre atualizada, jovem e fresca, mas que sofre de solidão”, reconhece, acrescentando ter havido um empoderamento das mulheres que trouxe consequências. “As mulheres ficaram fortes demasiado depressa e isso assusta os homens”.
Miguel Morgado, o apresentador convidado, realça que esta obra defende uma tese sobre falhas geracionais e destapa um problema: “A grande ilusão desta geração foi a ilusão de um país inteiro. Era a ilusão de que não íamos morrer, que os nossos horizontes de possibilidades eram muito mais rasgados e mais abertos. Eram sonhos belos mas que não era verdadeiros.”