
Fernando Póvoas emocionou-se ao falar da despedida de um dos seus melhores amigos, Pinto da Costa, que há três anos foi diagnosticado com um cancro na próstata, contra o qual tem feito radioterapia.
"Não quero imaginar", afirmou o nutricionista em entrevista à 'Nova Gente'. "Como amigo não estou preparado e tenho esperança e fé que o tempo que lhe dão não seja verdade [emociona-se novamente]. Apesar de ser médico, e talvez por isso, sei que a medicina às vezes surpreende-nos", continuou.
Para Fernando Póvoas, não há dúvidas de que as eleições para presidente do FC Porto deste ano abalaram a saúde de Pinto da Costa. "Seguramente. Baixou-lhe as defesas todas, o que para um problema oncológico desta gravidade é muito preocupante".
A amizade de Fernando Póvoas e Pinto da Costa está fundamentada no apoio um do outro nos momentos mais difíceis. O médico contou à edição semanal da FLASH!, a The Mag, que o ex-presidente dos Dragões fez de tudo para que ele tivesse os melhores cuidados após o enfarte que sofreu no ano passado. "Quando eu sofri um enfarte, não sei como é que ele soube quase imediatamente, mas a verdade é que eu ainda não tinha sido operado e ele já me estava a ligar. Tinha sabido, sabe-se lá como, e já tinha falado com o médico para me pôr em boas mãos. Ele esteve sempre lá, nos momentos mais difíceis e eu também vou estar. É um grande amigo. Os amigos têm obrigação de estar lá para ele, porque ele enquanto amigo também é uma pessoa que dá tudo. E eu nunca me vou esquecer do que ele fez por mim."
Jorge Nuno Pinto da Costa revelou recentemente em entrevista à TVI os pormenores sobre o seu estado de saúde. "Fiz radioterapia, que penso que teve resultados positivos, porque tinha uma dor que desapareceu. Tenho uma consulta, em setembro, para ver se necessito de fazer outra vez, mas tenho a máxima confiança na equipa médica que me está a acompanhar", explicou.
Sobre a forma como está a lidar com a doença, Pinto da Costa contou que tem feito a vida normalmente, mas agora já não quer perder tempo com o que não gosta. "Quando soube dos sintomas, disse que preferia viver menos, mas viver, do que durar mais e não viver".