
Nuno Batista, mais conhecido pela figura de Zé do Pipo, que, aos 40 anos, na madrugada de 6 de novembro de 2018, terá desaparecido misteriosamente de Peniche. Desde então, e já lá vão mais de quatro anos, o mistério mantém-se: o que terá acontecido ao cantor de música popular? O seu corpo continua por encontrar...
Nuno Batista nunca mais foi visto: vivo ou morto. O que um procurador do Ministério Público do Tribunal de Peniche conseguiu apurar, num processo que ainda não foi encerrado, é que Nuno Batista saiu de sua casa, na aldeia do Vau, em Óbidos, pelas 14h de dia 5 de novembro. Terá dito à mulher que ia à Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Óbidos, depois à farmácia e, a seguir, nunca mais alguém soube do seu paradeiro.
Duas horas depois, a mulher, Celeste Roberto, estranhando a demora, liga-lhe, mas o telemóvel do cantor já está desligado. A família começa então a procurá-lo: primeiro em Óbidos, onde vivia, depois em Peniche, na zona onde residem os pais. Sofrendo de uma depressão crónica, afirmava com frequência à família que se ia "atirar ao mar" e são essas palavras que levam a acreditar em suicídio. Mas também pode ter sido vítima de um rapto ou de um homícidio. Não há certezas de nada.
"Não é uma situação normal. O Nuno, supostamente, atirou-se de uma praia onde ele ia todos os dias desde criança, onde ele aprendeu a nadar, onde passou a infância toda a brincar? Não faz sentido", diz Hélder, que com o seu irmão Nélson faz parte da dupla Némanus, à revista 'TV 7 Dias'.
Os dois amigos de Zé do Pipo assumem "que ele estava com problemas de saúde a nível de cabeça. Já tinha sido tornado público. Agora, com que gravidade, não sei. Fica a saudade e o sorriso. Ele era bem disposto", acrescentam os dois músicos.