Cristina Ferreira conseguiu, aos 43 anos, com o regresso à TVI, poder e (muito) dinheiro – 2,5 milhões de euros anualmente. Nunca escondeu essa ambição, e está no seu direito. Agora, tem de saber que o seu trabalho, como apresentadora e diretora, após a polémica transferência da SIC, passou a ser mais escrutinado. Ao minuto. E tem de saber que, após a sua entrada triunfal em Queluz de Baixo, no dia 1 de setembro, os seus desaires/erros ganham outra dimensão. Desta vez, é a guerra com o amigo Tony Carreira, por, alegadamente, comportamentos e atitudes suas que não agradaram à família do cantor. Mas há mais.
No seu ainda curto reinado na TVI, Cristina estreou e acabou o 'Programa da Cristina' em três meses. Foram 300 mil euros para o lixo, como a 'TV Guia' revelou em exclusivo. Apostou, erradamente, em 'VivaVida', com Rúben Rua e Helena Coelho. Meteu uma vaca em estúdio, que, por milagre, não atingiu uma criança. Mexeu no 'Big Brother', e o reality show tornou-se num barril de pólvora, com violência dentro da casa e cenas de sexo entre concorrentes a circularem ilicitamente na Internet. Nas últimas semanas, tentou contratar Fernando Rocha. O humorista, por gratidão e, certamente, por mais dinheiro, preferiu ficar na SIC.
Insisto num pormenor: a diretora, que não soube fazer as coisas, fica colada, neste processo, à imagem de perdedora. Valeu a pena, por causa de Fernando Rocha? Termino com David Carreira. Deve doer ver um dos protagonistas de uma novela da estação, 'Bem Me Quer', "dar" o seu documentário à estação de Francisco Pinto Balsemão.
Vem aí 'All Together Now', um formato de sucesso internacional, apresentado por Cristina Ferreira, que vai pôr gente a cantar e a ser avaliada por 100 jurados. Será uma guerra nunca vista, aos domingos à noite, pelas audiências, frente a Ljubomir Stanisic, com 'Hell’s Kitchen', na SIC. A estrela da TVI pode ganhar, mas também pode perder. E, se isso vier a acontecer, fica ainda mais encostada à parede em Queluz de Baixo.
