
1. A Supertaça de futebol feminino, disputada entre Sporting-Benfica, e ganha pelas leoas (2-1), sexta-feira à noite, no majestoso estádio do Restelo, praticamente à mesma hora do Farense-Sporting, da I Liga, revela, mais uma vez, a falta de sensibilidade de quem manda, neste caso no futebol. Como ajudar a desenvolver e a promover esta modalidade jogada por mulheres, que começa a arrastar adeptos aos recintos desportivos, com decisões do género? Posto isto, gostei do sentido de oportunidade de Vítor Gonçalves em levar à ‘Grande Entrevista’, na RTP3, Mariana Cabral, treinadora do clube de Alvalade.
Sem dominar muito bem a matéria do futebol, ao contrário da política, por exemplo, a verdade é que o jornalista da estação pública conseguiu manter uma conversa interessante, do início ao fim, com Mariana Cabral. Que delícia. Aos 37 anos, completados esta terça-feira, 27, é bom ver uma jovem, natural do Pico da Pedra (ilha de São Miguel), a lutar pela igualdade das mulheres no futebol, um mundo infelizmente ainda machista e cruel, com inteligência, personalidade, classe e educação – até nas críticas à FPF. Com uma treinadora assim, não há sonhos impossíveis. Parabéns, Mariana e Vítor.
2. RTP1 e SIC vivem um calvário aos domingos à noite, com ‘SuperEstrelas’, de Sílvia Alberto, e ‘Parece Impossível’, de Inês Aires Pereira e João Manzarra, que continuam a bater recordes negativos de audiências. Os espectadores, de facto, raramente perdoam a falta de qualidade.