
1. Cansado do eterno estilo de perguntas de Daniel Oliveira, em Alta Definição, na SIC, bem ao início dos sábados à tarde, espreitei o Câmara Exclusiva, na TVI. E fiz bem. Não por ter lá Pimpinha Jardim ou Marta Andrino, em género Fama Show ou Sociedade Recreativa, mas pelo desempenho de uma jovem, de nome Alice Alves: tem imagem, bom poder de comunicação, é atrevida, simpática e bem-disposta, como se viu na entrevista como músico Virgul, ao volante do seu carro.
Não sei se Alice Alves tem os pés bem assentes na terra, se é humilde e se gosta de trabalhar, pois não a conheço pessoalmente, sei que tem algumas das características mais importantes para quem quer singrar na TV.
Agarra a Música alcançou o seu pior resultado, ao fim de quatro semanas: É natural: Joana Cruz ou Mariana Alvim, por mais importantes que sejam na rádio, estão longe de conseguir acompanhar a pedalada de Luciana Abreu, a grande estrela da SIC,
aos domingos à noite.
E assim sendo, ou Gabriela Sobral, que tem uma assinalável carteira de contactos, entra em campo –
telefonar a convidar outras personalidades –, ou, então, as audiências do concurso de Cláudia Vieira e João Paulo Rodrigues vão andar abaixo do milhão, o que, como se sabe, é manifestamente um mau resultado.
3. Nenhuma estação pode ambicionar chegar à liderança, no caso a SIC, com um programa de acesso ao prime time (19:00/20:00) a prender 500 mil espectadores ao ecrã. Para se ter uma ideia daquilo que estou a dizer, veja bem este exemplo, caro leitor: O Preço Certo, da RTP1, a estação menos vista das três generalistas, tem um milhão de portugueses (ou mais), enquanto a novela brasileira Sassaricando – Haja Coração tem metade.
Com este cenário negro, muito já faz o Jornal da Noite, de Rodrigo Guedes de Carvalho/Clara de Sousa, que se bate com os rivais, Telejornal e Jornal das 8. Também aqui Gabriela Sobral – ou Luís Proença, o outro director de Programas – terá de arranjar uma solução para este horário. Urgentemente e, claro, de qualidade.