'
FLASH!
Verão 2025
Compre aqui em Epaper
Sexo & afetos

O “coração partido” dói mesmo de verdade, sabia?

Os cientistas explicam porque é que um desgosto de amor pode doer até mais do que a morte de alguém.
Por Inês Neves | 02 de março de 2017 às 08:00
mulher triste
mulher triste

O sofrimento causado por um amor não correspondido vai além de uma simples resposta emocional. De acordo com vários cientistas, o "coração partido" dói realmente como uma dor física. Ou seja, a dor emocional traz efetivamente consequências físicas e corporais.

Psicólogos da Universidade de Califórnia afirmam que o corpo humano tem um gene que liga a dor física sensitiva à dor social sensitiva. E que ele regula um dos mais potentes analgésicos do corpo (mu-opióide). O estudo indica que uma variação do receptor do gene da modulação opióide (OPRM1), frequentemente ligado às dores físicas, fica "ativo" quando uma pessoa sente dor social em resposta a uma rejeição social.

Também segundo o professor David Alexander, Diretor do Centro de Pesquisa de Trauma em Aberdeen, na Escócia, a dor emocional crónica traduz-se, sem dúvida, numa dor física.

A dor emocional vem da exclusão social, o fim de um relacionamento e a perda de um ente querido. E os sintomas mais frequentes são:

– Dor no peito

– Princípios de desespero e demência

– Dispepsia (ou indigestão)

– Perda de sentido na vida e do que fazer diariamente

MAS PORQUE É QUE UM CORAÇÃO PARTIDO DÓI TANTO?

Os cientistas explicam que um desgosto de amor é um fenómeno universal semelhante à síndrome de abstinência causada pela droga, conta o ABC. Os dois partilham uma série de comportamentos (compulsivos e obsessivos): dependência emocional, distorção da realidade, aleração da personalidade, perda de controlo, súbitas mudanças de humor e ansiedade.

"O amor e o desamor são duas faces da mesma moeda. Primeiro sobem os níveis de dopamina e oxitocina no cérebro e fazem sentir apego e prazer. Depois provoca a falta de apego e sintomas de ansiedade e mal-estar" explica o investigador do Instituto de Neurociências de Alicante, Juan Lerna.

Tal como escrevem os investigadores Boelen, Reijntjes e Fisher, o desgosto amoroso "representa uma das experiências mais traumáticas, angustiantes e desconcertantes que uma pessoa pode experimentar" e que até pode "doer" mais do que a morte de um ente querido.

E PORQUE É QUE PARECE QUE NÃO CONSEGUIMOS VIVER SEM A OUTRA PESSOA?

A culpa é das hormonas e do cérebro que influenciam as emoções. O cérebro começa a libertar cortisol (a hormona do stress) e os níveis de serotonina também começam a diminuir, que reduzem a capacidade de se ser racional.

você vai gostar de...


Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável