
Este foi um verão em que, pela primeira vez desde há muito tempo, vimos Luís Figo de regresso a Portugal. Ao lado da mulher, Helen Svedin, e das filhas, o jogador voltou a um dos redutos que se tem mantido fiel na sua vida: a moradia na zona de Santa Eulália, em Albufeira, palco de memórias felizes. Foi lá que o antigo futebolista passou os verões enquanto as suas filhas cresciam, nos anos de ouro do futebol, e apesar de nos últimos anos preferir destinos como as ilhas baleares espanholas, há vários fatores que parecem estar a conduzi-lo de volta a Portugal, aos 52 anos.
E se essa sensação cresceu depois de vermos as fotografias publicadas durante as férias algarvias – em que a família aproveitou para passeios pela costa algarvia, com uma incursão à Ilha Deserta – uma das últimas publicações de Figo nas redes sociais veio adensar o mistério. "Sempre achei que poderia dar um bom presidente. Acho que chegou a hora...", escreveu o antigo jogador, deixando o mundo do futebol em alvoroço.
Figo não deixou pistas sobre aquilo a que se estaria a referir, mas após análise ao panorama atual, tornou-se unânime que seria mais expectável que Luís Figo assumisse um cargo diretivo no futebol português do que no espanhol, ainda mais numa altura em que se aproximam as eleições do seu clube do coração, o Sporting, com o antigo craque a ser visto como uma alternativa a Frederico Varandas. A confirmar-se, este acabaria por ser um volte face na vida de Figo, que construiu toda a sua vida em Espanha, nomeadamente em Madrid, lançando, no entanto, dúvidas se Helen o acompanharia nesta mudança.
Na altura, o facto de as três filhas estarem a estudar e felizes com a vida em Espanha e toda a harmonia que o rodeava em terras de 'nuestros hermanos' acabou por manter o antigo jogador do outro lado da fronteira, mas o apelo do regresso a casa parece falar mais alto em tempos de mudanças, numa fase em que as filhas já são completamente independentes e o próprio casamento com Helen parece viver uma fase de redefinição, depois da última grande crise superada pelos dois.
A ÚLTIMA GRANDE CRISE
Não foi a primeira nem segunda e, a julgar pela história recente, provavelmente não será a última vez que a imprensa espanhola alerta para o seguinte: o casamento de Luís Figo e Helen Svedin volta e meia abana, cedendo à pressão dos anos. A última grande crise, segundo a revista 'Vanitatis', aconteceu em maio, com a publicação a noticiar que o ex-jogador e Helen já nem sequer estavam a viver juntos, e que este teria alugado um apartamento num outro bairro de Madrid, onde vivia há mais de um mês.
Durante meses, os fãs sustiveram o fôlego à espera de um desmentido que chegou através de umas férias lado a lado. Ainda assim, nada dissipa a sensação de que este é um casamento que já viveu melhores dias.
Até porque esta não é a primeira vez que o antigo craque do Real Madrid e Barcelona terá saído de casa. Em fevereiro de 2022, a revista 'Hola' noticiava que Luís Figo tinha deixado a morada de família e permanecido durante duas semanas num hotel de luxo. "Eles colocaram um parêntesis na relação e refletiram juntos sobre o futuro", disse na altura uma fonte à publicação, não revelando, no entanto, as razões que teriam levado à rutura temporária.
Foram apenas duas semanas, mas o suficiente para que todos os alertas soassem. Muito se especulou sobre o que teria precipitado esta rutura, mas o casal nunca comentou a alegada separação. No entanto, algumas publicações espanholas como o ‘El Nacional’ e ‘La Razon’ avançaram que só há uma explicação para o assunto, afirmando que o par vive há anos uma "união de fachada". "Faz sentido afirmar que o casamento [de Figo e de Helen] é uma grande mentira. Continuam juntos por determinada razão, na intimidade converteram-se em desconhecidos", podia ler-se na altura.
MILHÕES TRAVAM DIVÓRCIO
Entender o percurso de Luís Figo e Helen Svedin enquanto casal é recuar à Barcelona dos anos de 1990 quando os dois se conheceram e apaixonaram. Eram jovens, bonitos e estavam ambos no auge da carreira, pelo que a união respirava amor e um estatuto que se consolidaria com o tempo. Isto para dizer que foi quando se casaram que os dois começaram a ganhar dinheiro a larga escala, pelo que todo o património passou, na verdade, a ser conjunto.
Paralelamente ao futebol e à moda, foram construindo também um império dos negócios, com vários projetos familiares. Em 2010, um ano depois de abandonar os relvados, o antigo jogador esteve na Feira Internacional de Mineração que decorreu em Dacar, capital do Senegal, e foi nessa altura que decidiu abrir uma empresa para se dedicar ao negócio, a Damash Assets, sediada em Almada, e que lhe passou a render milhares de euros, com lucros anuais na ordem dos 600 mil euros.
Além disso, a antiga lenda do futebol português e espanhol explora ainda negócios nas áreas da hotelaria, restauração e no setor de vinhos.
Não se sabe ao certo quanto é que todas estas atividades lhe renderão e a fortuna de Figo é uma incógnita, mas sabe-se, sim, que divide todo o património com a mulher, que é inclusivamente sua sócia na empresa Damash Assets, que tem um ativo de mais de 20 milhões de euros.
Ora, numa altura em que as três filhas já levam vidas completamente independentes, não haveria mais razões para que o divórcio fosse travado, a não ser as complicações que papéis assinados trariam ao nível da divisão de um património que, no fundo, um dia será herdado pelas filhas e pouco interessa delapidar.
O caso parece ter-se tornado igualmente num braço de ferro entre Figo e a imprensa espanhola, que continua a reiterar que 'sabe a verdade', apesar dos desmentidos do antigo jogador.