
O nome Aliia Roza deve dizer pouco à maioria, mas nas redes sociais já há 1 milhão de pessoas que seguem esta russa de corpo escultural que se mostra contra a invasão na Ucrânia.
Depois de ter sido espia é hoje relações-públicas na indústria da moda. Aliia Roza alega ter trabalhado como espia para a Federação Russa e deixa um aviso sobre Vladimir Putin.
"Eu trabalhei no mesmo programa militar que Putin e nós aprendemos a ficar calmos e frios numa situação de stress", afirmou ao ‘Daily Star’, acrescentando: "O Sr. Putin ganha sempre. Ele não pode perder esta guerra e recuar porque lhe vai causar danos na reputação. Ele vai até ao fim. A estratégia dele é óbvia: não deixar a NATO colocar mísseis ou armas na Ucrânia e ele vai fazer tudo o que conseguir para atingir este objetivo, mas ele achou que seria fácil, como quando enviou o exército ao Cazaquistão em janeiro de 2021, ele não esperava esta resistência dos ucranianos e que estes teriam o apoio de todo o mundo", frisou, declarando ainda que crê que Putin ambiciona ter "controlo total" na Ucrânia e colocar um novo líder da sua confiança no lugar de Volodymyr Zelensky.
Aliia relatou também a sua curiosa história de vida: o pai incentivou-a a juntar-se ao exército russo, mas tal não foi tarefa fácil. "Em duas semanas na Academia fui violada por um colega. No meu centro de educação, eles ensinavam-nos a seduzir homens, como manipulá-los psicologicamente, como fazê-los falar para poder dar informações à polícia. Na minha primeira tarefa, aos 19 anos, tive de fingir ser uma prostituta para seduzir Vladimir, o líder de um gangue que fornecia drogas ao país", explicou à ‘Jam Press’, dizendo que se apaixonou pelo alvo.
O caso chegaria ao fim quando foi descoberta a sua missão, tendo sido raptada e agredida quase até à morte por dez homens. E quase, porque Vladimir a terá salvado do destino fatal antes de ele próprio ser morto um mês depois.
Posteriormente, Aliia casar-se-ia com um oligarca russo com quem teve um filho. A prisão e subsequente morte do marido levou a que usasse os bens deste para fugir da Rússia, tendo criado depois a sua empresa de relações-públicas, permitindo a que agora viva uma vida de luxos. No âmbito da situação despoletada na Ucrânia, chamou a atenção pelas publicações que faz no Instagram contra a invasão russa, pedindo o final de uma guerra que diz ser de Putin e não dos russos – "Eu falo com a família e amigos que tenho na Rússia todos os dias e eles dizem-me que os russos acima dos 45 anos estão a seguir o regime de Putin porque têm medo. Os soldados russos não escolhem se vão ou não à guerra: há uma ordem e têm de a seguir."