
Corinna Larsen, uma das mais conhecidas amantes de Juan Carlos I, foi quem revelou muitos dos escândalos em que o rei emérito está envolvido. Foram as suas declarações públicas que levaram a que o pai de Felipe VI começasse a ser investigado por branqueamento de capitais, fraude fiscal e suposta corrupção.
A ex-amante de Juan Carlos acusou o rei emérito de a ter usado como testa de ferro para ocultar património e propriedades que possui no estrangeiro. Diz que o facto de possuir residência no Mónaco, país onde não é necessário fazer uma declaração pública de património, era muito conveniente ao antigo monarca.A alemã garantiu ainda que o rei emérito a usava para "lavagem ilícita de dinheiro". Contudo, às autoridades suíças que estão a investigar os escândalos financeiros de Juan Carlos, Corinna Larsen avançou que em 2014 o antigo monarca espanhol lhe transferiu 64,8 milhões de euros, mas não foi com o intuito de "se desfazer do dinheiro".
De acordo com o 'El País', a razão foi apenas "por amor e gratidão" e para garantir o "seu futuro e o dos seus filhos". Disse ainda a alemã ao investigador Yves Bertossa: "Juan carlos acalentava ainda a esperança de me reconquistar". No interrogatório, que decorreu a 19 de dezembro de 2018, Corinna Larsen não retirou uma vírgula ao facto de se "tratar de um presente". "Recebi uma chamada telefónica de Canónica [administrador da Fundação Lucum] informando-me de que Juan Carlos I desejava dar-me um presente".
No interrogatório, que decorreu a 19 de dezembro de 2018, Corinna Larsen não retirou uma vírgula ao facto de se "tratar de um presente". "Recebi uma chamada telefónica de Canónica [administrador da Fundação Lucum] informando-me de que Juan Carlos I desejava dar-me um presente".
"Ao telefone não me chegou a dizer da quantia exata. Disse apenas que queria encontrar-se comigo. Fui ao seu escritório.Explicou-me que o rei queria oferecer um presente aos meus filhos e a mim. A intenção era assegurar-nos um bom futuro", afirmou.