
Marco Paulo, de 78 anos de idade, ganhou um novo alento na luta contra o cancro do pulmão, após o encontro com o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa. "A minha fé permanece inabalável desde os meus 20 anos, quando fui pela primeira vez a Fátima com a minha mãe", começa por dizer o cantor à 'Caras'. "A fé nunca deixou de existir em mim e tem-me ajudado muito. Se é milagre, não sei, mas tem-me ajudado na recuperação de problemas de saúde que tenho tido ao longo da vida. É nas minhas orações que vou encontrar essa força espiritual. Depois, sou uma pessoa que acredita muito nos médicos e na medicina. Portanto, uma coisa ajuda a outra."
Numa conjugação de forças perfeita, o também apresentador da SIC sabe que, embora tenha muita devoção a Nossa Senhora, a Deus e a Jesus Cristo, não se pode encostar "à sombra da bananeira". "Tenho de fazer a minha parte, que é ter confiança na medicina e nos médicos, porque são eles que têm o dom que Deus lhes deu para curarem as pessoas", salienta Marco Paulo.
Vítima de mais um cancro, que o obriga há meses a andar em tratamentos num renomado hospital de Lisboa, o artista prepara-se para fazer a última sessão de quimioterapia na próxima terça-feira, dia 22. "Já fiz sete", recorda, acrescentando que, a seguir, "os médicos decidirão qual o passo a seguir": "Terminar a quimioterapia já é uma luz ao fundo do túnel."
A possibilidade de ser submetido a uma operação está excluída à partida, mas não há certezas de nada, por enquanto. "Em princípio, será só uma vigilância mais apertada, com consultas de rotina regulares, para tentar perceber se está tudo OK. Depois de todos os exames e consultas que fiz, a informação que me foi dada foi de que não devo cansar-me muito, mas que posso voltar a fazer tudo aquilo que faria", continua Marco Paulo, com esperança.
Sobre a hipótese de regressar aos palcos, Marco Paulo – que já vendou milhões de discos em Portugal – acredita que vai voltar a cantar, sabendo, todavia, que todas as hipóteses estão em cima da mesa, inclusive a pior de todas: terminar a carreira. "Irei começar devagarinho os ensaios para o concerto de dia 21 de outubro, no Campo Pequeno. Já foi adiado e gostava de manter esse compromisso, mas se os médicos acharem que é melhor para a saúde do meu pulmão voltar a adiá-lo, é o que farei. A saúde será sempre uma prioridade."