Como o rei Felipe VI de Espanha tarda em autorizar o regresso do pai a Espanha, num ato de rebeldia o emérito está já a preparar a saída de Abu Dhabi para se instalar o mais próximo de casa possível. Cascais é a sua escolha!
Não é surpreendente que a futura rainha de Espanha tenha escolhido o nosso país para a sua primeira visita oficial ao estrangeiro. Recorde a forte ligação da família real espanhola a Portugal, marcada pela solidariedade mútua... mas também pela tragédia.
Com o antigo dono do BES a viver num mundo embaciado pela doença de Alzheimer, é a mulher, Maria João, quem assiste ao desmoronar de tudo. Sem os filhos, cada um no seu país, longe dos netos, tornou-se enfermeira numa casa silenciosa e viu todos os ilustres que se diziam amigos virarem-lhe costas. Da vida entre Nova Iorque, Brasil e Comporta restam apenas as memórias, mas quem a conhece diz que Maria João é resiliente, um rochedo, que não quebra. "Ele é um homem com muita capacidade, muito inteligente, mas não resistia se não fosse a mulher", fez saber um padre, amigo da família há mais de 20 anos.
O rei emérito fez o anuncio oficial. Felipe VI aceitou o exílio do pai, Juan Carlos. O regresso a Portugal, onde o Juan Carlos viveu anos de grande felicidade está em cima da mesa. Cascais já lhe abriu as portas.
Alfonso Borbón morreu na quinta-feira santa de 1956. A tragédia ocorreu no Estoril, durante o exílio. O rei emérito de Espanha é apontado como o culpado pela morte do irmão. Revelações feitas no livro 'O Segredo do Rei'
A viver no "exílio", em Genebra, por causa das acusações no caso Nóos que condenou o marido a 6 anos e 3 meses de prisão, a infanta Cristina recuou na decisão de mudar-se para Portugal, onde o pai e o avô viveram exilados durante o regime de Franco.