A decisão de André Ventura que o separa da família e deixa em suspenso a vontade de ter filhos: "Foi uma vida que eu escolhi"
O líder do Chega é o primeiro nome confirmado na candidatura à Presidência da República, numa decisão política que tem impacto direto na sua vida familiar com a mulher, Dina.
André Ventura é o primeiro nome confirmado como candidato à Presidência da República, numa decisão que reforça a presença do líder do Chega na política nacional e, de alguma forma, volta a ter um impacto gigante na sua vida pessoal.
Casado desde 2016 com Dina Ventura, André Ventura assume-se como um defensor dos valores católicos, mas quando chega à parte da descendência e de constituir família, mostra ter uma posição um bocadinho diferente.
Apesar da longa relação e da vontade de um dia ter filhos com a companheira, ao abordar o assunto, o político já fez saber que a decisão não é tão linear quanto parece e que a sua carreira política tem um peso decisivo no facto de ter vindo a adiar o desejo de constituir família com a fisioterapeuta.
O facto de andar permanentemente acompanhado por seguranças e de a sua posição política gerar muitos ódios faz com que o líder do Chega pense duas vezes antes de deixar descendência no mundo.
"Ainda não desisti de ter filhos, gostava de ter. Mas vivo sempre com segurança, tenho sempre limitação nas deslocações que faço. Foi uma vida que eu escolhi, mas isso também me leva a pensar nas condições em que estou hoje, se tenho condições para dar aos meus filhos uma vida de segurança, que é o mínimo que eu lhes poderia querer dar e nós hoje temos de ter cuidados de segurança que eu não tinha há dez anos", explicou em conversa com Diana Chaves e João Baião no programa 'Casa Feliz', da SIC.
"Gostava de ser pai. Acho que deve ser uma experiência enriquecedora, que muda a nossa vida. Provavelmente um filho ia tornar o meu coração mais mole"
Uma mudança de postura que foi ficando mais clara à medida que Ventura foi conquistando espaço político. Se ao início se fazia sempre acompanhar pela mulher, que era como que a sua fã número 1, as ameaças que foram crescendo deixaram a família do político mais exposta, ao ponto de este ter sentido necessidade de recuar.
Agora, Dina só aparece em momentos fundamentais da vida do marido e do partido, e nas redes sociais também a presença da companheira passou a ser diminuta.
"As pessoas naturalmente reconhecem-na, sabem quem ela é e respeitam a liberdade dela. Mas acredito que depois, fora do trabalho, haja outro tipo de mal-estar ou ameaças", revelou à Sábado Sandra Matias, amiga de Dina e mulher político Manuel Matias, em setembro de 2020.
Hoje, até mesmo nas entrevistas mais pessoais que dá, há uma clara reticência de Ventura em aflorar a questão do casamento ou esmiuçar pormenores da sua vida com Dina Ventura, o que tem a ver com questões relacionadas com a segurança da família.