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Sem tabus: Susana Vieira, a eterna diva das novelas brasileiras, conta como o álcool a afastou dos maridos e porque é obrigada a continuar a trabalhar, quase aos 80 anos

É uma das maiores estrelas do Brasil e aos quase 80 anos garante que a sua reforma de 500 euros serve pouco mais do que para pagar a luz, o que a faz continuar a querer fazer novelas. Sem tabus, abre o coração e fala sobre os casamentos que não deram certo, o deslumbre por homens mais novos e como eles já a fizeram muito feliz.
Por Carolina Pinto Ferreira | 19 de maio de 2022 às 22:36
susana vieira Flash
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Susana Vieira faz 80 anos no dia 23 de agosto e continua a ser um nome incontornável (e indispensável) na Globo. De coração aberto falou com a 'The Mag' e, apesar da alegria contagiante e da vontade de viver interminável, diz-se uma mulher que aprendeu a viver na solidão. Vive longe do filho, a quem dedicou a sua vida, mas que acabou por fazer carreira em Miami. Com ele ficaram os netos e a atriz vive sozinha, na sua mansão no Rio de Janeiro. 

Cinco casamentos depois, está solteira por opção. Há homens que lhe deram muito e outros que lhe tiraram um bocadinho de si. O álcool fê-la afastar-se de uma vida a dois. Sem tabus, fala da sua paixão por companheiros mais novos, que a fazem despertar a jovem que há em si. É uma "diva do povo" e espera deixar um legado, nem que seja por uma inspiração de liberdade. 

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Prestes a completar oito décadas de vida, continua a ser apaixonada pela representação. Mas, mais do que isso, afirma que trabalha por necessidade. Pode parecer uma afronta aos assalariados brasileiros, mas a atriz garante que os 500 euros que tem direito na reforma são apenas suficientes para pagar a luz.

Agora, realiza um dos seus maiores sonhos e traz a peça 'Uma Shirley Qualquer' a Portugal, que vai estar cena do Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. Susana Vieira, sem filtros e com uma gargalhada que lhe é tão característica, na 'The Mag' desta semana.

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A SOLIDÃO NO MEIO DA FAMA  

"Sou uma mulher sozinha, inteira e que leva a carreira para a frente sozinha", é desta forma que a atriz começa a nossa conversa. Afirma que sempre se habituou "a viver longe da família", mas que com o passar da idade, as saudades são cada vez mais difíceis de gerir. "Hoje em dia fico mais triste de não o ter ao pé de mim. Sinto falta da minha família", explica, referindo-se ao filho Rodrigo Otávio, e aos netos. 

"Toda a gente me pergunta se eu só gosto de homens novinhos e eu respondo: Depende, se eles forem lindos, gosto!"

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Durante a pandemia, esteve durante mais de dois anos completamente isolada do mundo. "Fiquei em casa sozinha durante 2 anos e 4 meses. Esse período foi muito difícil. Eu não tinha nada pela frente. A covid é a negação da vida. Veio para negar o amor, o abraço, o afeto, a fala, o convívio, o trabalho… tiraram-nos as pernas com esta doença. Portei-me muito bem: não enlouqueci. Estava com medo que a vida acabasse e que e de não conseguir trabalhar mais. De não ter feito um trabalho que fechasse a minha carreira."

A idade fez com que, como a própria diz, se tornasse "mais burguesinha" no que diz respeito aos momentos em família. "Vivi a vida inteira separada da minha família mas agora sinto saudades de, por exemplo, no Dia da Mãe receber um presente. Daquela coisa burguesa de almoçar sábado e domingo com a família… Fiquei burguesinha de repente. Fiquei meio velha, acho. Se bem que continuo a ir para parques aquáticos com os meus netos… Vou para todo o lado para onde me levam. Para eles eu não envelheci, estou igual!"

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OS HOMENS QUE TIROU DA SUA VIDA

Teve cinco casamentos e acabou sozinha. "Não era para ser, não vim para esta terra para ser infeliz. Não dependo do amor do outro, dependo de mim e de me amar primeiro", começa por deixa bem claro quando se fala de amor. "Os meus limites ficaram cada vez mais curtos. Não abro a mão de coisas como a infidelidade, a pessoa não ser atenciosa, não conversar, não discutir assuntos…"

Garante que nunca ficou "traumatizada" com alguém que tenha passado pela sua vida, mas que o consumo excessivo de álcool foi um dos fatores que a fez tirar muitos do homens da sua vida. "Não gosto de um homem que chegue a casa e beba. Não suporto! Cada vez que me casei com alguém, vários tiveram o hábito de beber. É horrível conviver com uma pessoa que está sempre alterada com por causa do álcool. Sou muito chata com isso. Isso foi-me deixando cada vez mais desligada sexualmente, amorosamente, afetivamente e respeitosamente."

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O CONTO DE FADAS QUE ACABOU COM UMA OBRA

Entre todos os amores que teve há um que a estrela brasileira não esquece: Carlson Gardeazabal. "A única pessoa de quem sou amiga é o Carlson com quem fui casada durante 17 anos e conheci-o quando ele tinha 24 e eu 42. Ele era campeão carioca de motocross, levava-me para as corridas de motas e foi aí que tomei gosto pela juventude", diz, entre gargalhadas.

"Não gosto de um homem que chegue a casa e beba. Não suporto! Cada vez que me casei com alguém, vários tiveram o hábito de beber. É horrível conviver com uma pessoa que está sempre alterada com por causa do álcool"

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Um amor que viveu intensamente e que a fez rejuvenescer. "Despertou-me para uma vida conjugal super agitada, sem ser de fato e gravata. Fui muito feliz com ele. Plantámos coisas, tivemos criação de galinhas e eu até vendia ovos na TV Globo. Foi uma fase maravilhosa." 

susana vieira Foto: Flash

Um romance que acabou por desentedimentos... numa obra: "Só acabámos porque ele veio fazer uma obra para mim e isso acaba com qualquer casamento. Desentendemo-nos e eu fui um bocado ingrata com ele, mas somos amigos. Ele casou, tem uma filha e eu sou madrinha da filha dele. Ficou o amor."

A PAIXÃO POR HOMENS MAIS NOVOS

"Toda a gente me pergunta se eu só gosto de homens novinhos e eu respondo: Depende, se eles forem lindos, gosto!" É com esta frontalidade que Susana Vieira fala das suas paixões por homens, às vezes, décadas mais novos que ela. 

A atriz espera que esta sua frontalidade e forma de amar tenha aberto portas para outras mulheres, que as tenha encorajado a amar, independentemente das idades. "Há muita gente que não deve achar que tenho um comportamento muito correto, mas acho que as mulheres invejam-me um bocadinho. Se não me invejam, copiam-me. O facto de eu ter casado com homens 10 ou 20 anos mais novos, deu muita coragem a amigas minhas e a muita gente da classe artística. Viram que não fui presa, que as pessoas não me roubaram, não me mataram… e aventuraram-se. Pelo menos quebrei esse tabu, apesar de ainda ser."

CONTINUA A TRABALHAR "POR NECESSIDADE"

Ganhou milhares de euros no mundo da representação e continua a ser uma das poucas caras exclusivas da Globo neste momento. Quero continuar a fazer novelas mas não só por amor à profissão, mas porque não pode deixar de ganhar um ordenado. "Hoje em dia continuo a trabalhar por necessidade. Não posso parar de representar e me aposentar porque a reforma a que tenho direito pelo Governo só dá para pagar a minha conta da luz. A casa onde moro, que é construída com todo o meu trabalho e que tem vida."

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A PAIXÃO POR HOMENS MAIS NOVOS

CONTINUA A TRABALHAR "POR NECESSIDADE"

Susana Vieira lança farpas ao governo brasileiro e afirma que o pouco que lhe dão depois de tudo o que deu pelo país, serve-lhe apenas para pagar uma das suas despesas. "Só os políticos é que têm uma reforma até morrer. A minha aposentadoria é 2700 reais [cerca de 500 euros]. Não sei quantos anos vou viver e tenho que ter um fundo que me permita ou mudar-me para Miami, Portugal, vender as coisas aqui e viajar."

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susana vieira Foto: Flash

Com medo das consequências da pandemia, a atriz põe-se ao mesmo nível que o restante povo e fala do medo de ficar, inesperadamente, desempregada. "Há um medo permanente no Brasil. Está a faltar emprego a muitas pessoas e eu sou uma trabalhadora. Não faço parte da elite. Sou uma trabalhadora brasileira que trabalha para uma empresa. Há muita gente desempregada e eu faço parte do grupo de pessoas que podem vir a ficar sem trabalho. Às vezes imagino o que vai acontecer comigo e não sei… Também não me atrevo a perguntar. Eu quero fazer novelas! Estou à disposição e bem bonitinha ainda."

OS COMPLEXOS COM O CORPO

Um dos principais motivos pelos quais Susana Vieira viajar é para poder fazer praia, sem ser julgada. "Não posso ir à praia aqui porque sou apelidada de gorda e velha. A imprensa é muito cruel no Brasil e eu fico constrangida. É por isso que eu viajo muito."

OS COMPLEXOS COM O CORPO

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susana vieira Foto: Flash

Nem a idade fez com que a atriz consiga desvalorizar as críticas que são feitas ao seu corpo. "Importo-me porque sou mulher e não me sinto confortável ao ver uma foto minha desfavorecida. Distraída na praia, com a barriga solta, sem me preocupar e a ser fotografada num ângulo desagradável. Adoro ir à praia mas aqui não vou. Quando estou a atuar ainda sou uma mulher bonita, sedutora e não preciso de me expor, de expor a normalidade de um corpo que está parado."

A LEUCEMIA COMO "UMA ESPADA EM CIMA DA CABEÇA"

Em 2015, Susana Vieira foi confrontada com o pior diagnóstico da sua vida: uma leucemia crónica. "É como se tivesse uma espada em cima da cabeça constantemente. Tenho que me cuidar, não posso apanhar covid de jeito nenhum porque pode fragilizar-me. Faço a minha vida normal mas sou mais preocupada com a leucemia do que com os 80 anos. é uma doença que não vejo, só quando faço o exame de sangue uma vez por mês e vejo que ela está parada. O meu médico disse-me que não vou morrer disto!"

A LEUCEMIA COMO "UMA ESPADA EM CIMA DA CABEÇA"

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