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Tramado pelo sexo! Donald Trump, oficialmente um "predador sexual", enfrenta novas acusações de assédio na Casa Branca

O candidato favorito do Partido Republicano às eleições presidenciais foi pela primeira vez condenado por abuso sexual, numa semana que vêm à tona novas acusações. Estes são os relatos mais sombrios do que se passava na Casa Branca.
Por Amarílis Borges | 11 de maio de 2023 às 22:43
Stephanie Clifford, Donald Trump Flash
Stephanie Clifford, Donald Trump Flash
Stephanie Clifford, Donald Trump Flash
Stephanie Clifford, Donald Trump Foto: Reuters
Melania e Donald Trump Flash
Melania e Donald Trump Flash
Donald Trump Flash
Donald Trump Flash
Donald Trump Flash
Donald Trump, Alva Johnson, assédio sexual, presidente norte-americano, acusação Flash
Donald Trump, Alva Johnson, assédio sexual, presidente norte-americano, acusação Flash
Donald Trump, Alva Johnson, assédio sexual, presidente norte-americano, acusação Flash
Donald Trump, Alva Johnson, assédio sexual, presidente norte-americano, acusação Flash
Donald Trump, Alva Johnson, assédio sexual, presidente norte-americano, acusação Flash

Donald Trump está a enfrentar uma avalanche de investigações em todas as áreas que ele gosta de se vangloriar: nos negócios a sua empresa foi condenada por fraude, na política é investigado por alegadamente tentar reverter os resultados das eleições de 2020, por supostamente incitar a multidão que invadiu o capitólio a 6 de janeiro de 2021, e por ter escondido documentos da Casa Branca na sua mansão da Florida. E nas relações com as mulheres não param de vir à tona novas acusações de assédio sexual. Mas agora o ex-presidente dos Estados Unidos é oficialmente um "predador sexual".

Depois de anos a vermos acusações de mulheres que apontaram as agressões de Donald Trump - e até de uma gravação em que ele admite ter sido agressor -, a escritora E. Jean Carroll, ex-colunista da Elle, é a primeira a cantar vitória entre mais de 20 mulheres que vieram a público. O ex-presidente dos EUA foi condenado terça-feira, 9, por abusar sexualmente a escritora no provador de uma loja de Nova Iorque e também de a difamar quando ela revelou em público que tinha sido vítima de Trump.

No seu depoimento, Carroll disse ter sido violada por Trump, mas o júri constatou o abuso sexual, considerando que o ex-presidente submeteu-a a contato sexual sem consentimento pelo uso da força e que foi com o propósito de gratificação sexual.

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O principal candidato presidencial do Partido Republicano foi condenado a pagar cinco milhões de dólares, condenação que ele vai recorrer. "Não tenho absolutamente nenhuma ideia de quem é essa mulher. O veredicto é uma vergonha, uma continuação da maior caça às bruxas de todos os tempos", respondeu na sua plataforma Truth Social.

"Estou muito feliz, cheia de alegria, felicidade e prazer pelas mulheres deste país", reagiu Carroll, citada pela 'People'. "Ele foi considerado responsável por uma acusação muito grave [...] Eu nem ouvi o dinheiro. Não se trata de dinheiro. Trata-se de recuperar o meu nome."

E. Jean Carroll é uma das mais de 20 mulheres que vieram a público denunciar alegados crimes de Trump, mas nem todo escrutínio em cima do ex-presidente e pela terceira vez candidato presidencial parecem ter feito Trump mudar as suas atitudes.

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Esta semana, a ex-diretora de Comunicações Estratégicas da Casa Branca Alyssa Farah Griffin fez novas denúncias contra o seu antigo patrão. Em declarações à 'CNN', a antiga funcionária da presidência confessou que tem "inúmeras histórias" de comportamentos perigosos de Trump.

"Você levou a Mark Meadows, o chefe de gabinete, ou a outros chefes de gabinete, incidentes que testemunhou de Donald Trump a comportar-se de forma inadequada com as mulheres?", perguntou o jornalista.

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"Levei, tal como a ex-secretária de imprensa da Casa Branca Stephanie Grisham e outros", garantiu Farah Griffin. "Nada no nível do que aconteceu [com E. Jean Carroll], mas coisas que eu consideraria impróprias e que eu tinha o dever de relatar."

Stephanie Grisham foi mais longe nas suas declarações, também esta semana, na CNN. "Havia uma funcionária específica que [Trump] pedia sempre que viajasse quando não era a vez dela. Uma vez, ele fez um dos meus assistentes levá-la novamente só para que pudesse 'olhar para o seu rabo'. É o que ele disse ao assistente. Escrevi isto no meu livro, não é nada de novo, para mim, dizer isto publicamente. Sentei e falei com ela, perguntei-lhe se estava desconfortável. Tentei tudo o que pude para garantir que ela não era deixada sozinha com ele. Levei isto a alguns diretores diferentes, incluindo Mark Meadows. No final, o que eles podiam fazer além de ir lá e dizer: 'Isto não é bom, senhor'? Donald Trump faz o que Donald Trump quer fazer. E estás a lidar com o presidente dos EUA, não há um grupo de Recursos Humanos ou um representante para dirigir-se, para falar destas coisas".

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A ex-secretária de imprensa acrescentou que o caso "com esta funcionária foi muito mau". "A ponto de deixar-me extremamente desconfortável. Todos os membros seniores da equipa sabiam disso, acontecia muito com ela. Na verdade, fiz tudo o que pude para mantê-la fora das viagens e ficar com ela, se estivesse sozinha, porque estava muito preocupada com o que podia acontecer".

As novas acusações aconteceram logo depois que foi tornada pública a condenação de Trump no caso de Carroll. E quais foram as reações após a decisão do júri? O advogado conservador e forte crítico do ex-presidente disse logo no Twitter: "Deus abençoe E. Jean Carroll e parabéns a Roberta Kaplan [advogada da acusação], e a sua equipa, pelo bom trabalho que fizeram".

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Mas nem todas as reações foram neste sentido. O senador republicano Marco Rubio declarou que "todo o caso é uma piada". Outro senador da mesma bancada, Tommy Tuberville, comentou que o resultado o "faz querer votar nele duas vezes".

NORMALIZAÇÃO DE ESCÂNDALOS

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Nem uma condenação parece abalar Donald Trump e as suas perspetivas para chegar às eleições de 2024 como candidato do Partido Republicano. O correspondente em Washington do 'Guardian', David Smith, escreve numa análise esta semana que "como as mortes na estrada e, em menor escalada, as mortes por armas de fogo, a sua máquina perpétua de escândalos normalizou-se, a sua habilidade peculiar e estranha de enfrentar controvérsias que derrubariam outros políticos agora é um dado adquirido".

Trump esteve esta quarta-feira, 10, na CNN, no programa 'Live Town Hall', para uma entrevista em que culpou a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pela invasão ao capitólio, disse que podia perdoar a maioria dos invasores, referiu a sua amizade com Putin, e celebrou "uma grande vitória" na reversão da lei do aborto nos EUA - que retirou o direito das mulheres de decidir.

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Perante todas as declarações, a plateia simpática a Trump aplaudia e sorria às suas declarações, algumas das quais comprovadamente 'fake news'.

Ivanka Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Donald Trump Foto: getty images
Ivanka Trump Foto: getty images
Donald e Ivanka Trump Foto: getty images
Donald e Ivanka Trump Foto: getty images
Donald e Ivanka Trump Foto: getty images
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