'
THE MAG - THE WEEKLY MAGAZINE BY FLASH!

Afinal, o que mudou com a covid? Cardeal-patriarca de Lisboa acredita que a pandemia tornou as pessoas melhores. E explica porquê...

D. Manuel Clemente está orgulhoso do papel que a Igreja teve na ajuda solidária durante estes quase dois anos de pandemia Covid-19. Aos 73 anos, o antigo bispo do Porto mostra-se confiante no que há de vir mas deixa um alerta: "O futuro é aquele que nós fizermos".
Célia Esteves
Célia Esteves
23 de setembro de 2021 às 23:23
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
pub
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
pub
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes, Luís Paulino Pereira
pub
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
pub
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira
pub
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
pub
Guilherme d'Oliveira Martins
Manuela Ramalho Eanes, Guilherme d'Oliveira Martins
Luís Paulino Pereira
pub
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
pub
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes, Miguel Gameiro
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
pub
Leonor Beleza, Manuela Ramalho Eanes
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
João Pedro Pais, Rita Ribeiro, José Raposo
pub
José Raposo
Rita Ribeiro
João Pedro Pais
pub
Rita Ribeiro, Luís Paulino Pereira
Luís Paulino Pereira
Pedro Zagalo, Miguel Gameiro
pub
José Raposo, Luís Paulino Pereira
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Leonor Beleza, Manuel Clemente, Manuela Ramalho Eanes, Luís Paulino Pereira
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes
Guilherme d'Oliveira Martins
Manuela Ramalho Eanes, Guilherme d'Oliveira Martins
Luís Paulino Pereira
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
Miguel Gameiro, Pedro Zagalo
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Luís Paulino Pereira, Manuela Ramalho Eanes, Miguel Gameiro
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
Leonor Beleza, Manuela Ramalho Eanes
Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, livro, Luís Paulino Pereira, Fundação Calouste Gulbenkian
João Pedro Pais, Rita Ribeiro, José Raposo
José Raposo
Rita Ribeiro
João Pedro Pais
Rita Ribeiro, Luís Paulino Pereira
Luís Paulino Pereira
Pedro Zagalo, Miguel Gameiro
José Raposo, Luís Paulino Pereira

O Cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, marcou presença na apresentação do novo livro do seu médico e amigo, Luís Paulino Pereira, 'Vida Plena – 50 Reflexões de um Médico'. O lançamento, que decorreu no auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi um momento de reencontro e a oportunidade para uma conversa com a FLASH! sobre o papel da Igreja na luta contra os desafios impostos pela pandemia Covid-19.

Conhece o Dr. Luís Paulino Pereira há muito tempo?

Conhecemos e até nos reconhecemos porque já os nossos pais se conheciam. O Dr. Luís Paulino vem de uma família que viveu muitos anos na minha terra, que é Torres Vedras, e por isso é uma amizade reencontrada e geracional mas, nos últimos anos, temos estado mais perto por motivos de amizade e também por motivos de saúde da minha parte. Ele tem sido incansável e muito atento como aliás é para toda a gente e como este livro tão bem conta. De uma vida profissional que é sobretudo de relação muito positiva com as pessoas que ele acompanha com muita presença, persistência e capacidade médica também e, sobretudo, com uma enorme humanidade.

Qual tem sido o papel da Igreja nestes tempos tão atípicos que vivemos? Como tem ajudado?

Um exemplo do que a Igreja tem feito é olhar para o Dr. Paulino como um católico convicto, com uma Igreja ativa na sua profissão que é onde a maior parte, a esmagadora maioria, dos católicos e das católicas está, que é na sua vida doméstica e profissional. Foram tantos os exemplos de testemunhos de médicos, de enfermeiros, de enfermeiras, enfim de todo esse pessoal clínico que em várias situações, algumas delas bem complicadas como todos vivemos, deram o melhor de si próprios com outros seus colegas crentes e não crentes, mas da parte deles com muita dedicação e convicção.

Ambulâncias no hospital de Santa Maria, Lisboa, com doentes covid-19
Ambulâncias no hospital de Santa Maria, Lisboa, com doentes covid-19 Foto: instagram

A pandemia veio afastar ainda mais as pessoas da Igreja?

Não digo isso. As pessoas olham muitas vezes apenas à presença ou não presença nos atos de culto e está claro que tivemos que os interromper por mais do que uma vez infelizmente, mas também para ajudar a que se superasse essa situação pandémica. De uma maneira muito geral, mas também muito verdadeira, a Igreja portou-se muito bem na sociedade portuguesa, porque está a ver o que é numa rede de quase quatro mil paróquias, e algumas delas com vários lugares de culto, ficar tudo assim tudo interrompido e, depois, quando se retomou com tanta cautela, em que não há praticamente casos a registar.

"A Igreja portou-se muito bem na sociedade portuguesa"

A Igreja teve aqui um papel social? Serviu de apoio a pessoas que passaram por maiores dificuldades?

Muito! Basta ver em cada diocese – e nós temos 20 dioceses em Portugal, e cada uma delas com a sua Cáritas diocesana, além da Cáritas portuguesa –, foram uma presença constante para responderem a muitas dificuldades acrescidas. Em termos de sustento, em termos de pagamentos de habitação e de outras despesas, foi um pouco por todo o lado uma presença muito ativa. Já existia, mas que agora se redobrou por causa das necessidades.

A Igreja teve aqui um papel social? Serviu de apoio a pessoas que passaram por maiores dificuldades?

E o futuro é otimista?

O futuro é aquele que nós fizermos, o futuro não está à nossa espera porque nós é que o vamos criar e creio que com toda esta solidariedade praticada e, de certo modo acrescentada, neste tempo de pandemia e de luta contra a pandemia nós ainda nos reforçámos na maneira de estar e de criar futuro. Um bom futuro.

Terá a pandemia tornado as pessoas melhores?

Exatamente. É isso que nós transportamos para o amanhã. Para oferecer aos que cá estão e aos que vierem a seguir mas, como digo, não fiquemos à espera de um futuro, porque o futuro somos nós que o fazemos.

você vai gostar de...


Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável