
Alexandra Lencastre é uma mulher de grandes paixões. Nos últimos anos, tem-se mantido sozinha, sem apresentar qualquer namorado publicamente, mas nem sempre foi assim. Nos seus 'tempos áureos', a atriz entregava-se de corpo e alma à paixão, o que lhe trouxe bonitas histórias de amor, mas também grandes dissabores sentimentais.
Para a história ficam dois casamentos, o primeiro com Virgílio Castelo, e o segundo com o produtor holandês Piet-Hein. Sobre o primeiro, Alexandra tem sentimentos dúbios, pois apesar do grande amor, acabou por viver também momentos de grande solidão. "Eu tenho uma grande amizade, ainda hoje, com o Virgílio e aprendi muito com ele. Aprendi sobre a vida", revela, adiantando que foi a diferença de idades que acabou por ditar o fim da união.
"Creio que era uma grande paixão, misturada com uma grande admiração e com uma pequena diferença de idades, quer dizer, uma diferença de idades que permitia que fizéssemos parte de gerações diferentes. Ele não queria ser pai e eu ainda precisava que tomassem um bocadinho conta de mim. Nós estávamos em alturas de vida diferentes. Não estávamos em sintonia", fez saber sobre a união, acrescentando que, apesar de hoje manterem uma amizade, a relação foi marcada por alguma tensão.
"Fazia-lhe a vida num inferno. Ele estava numa fase de vida de libertação, tinha-se divorciado, tinha uma filha pequenina e queria sair, dançar. E eu queria casar e ter filhos. Ele já não me podia ver à frente".
Devido às picardias constantes, a relação foi pautada por algum mal-estar sobre o qual Alexandra já falou. Ele mudou tanto. Tratava-me tão mal. Era aquele macho latino, as mulheres andavam todas atrás dele e eu cheia de ciúmes. Era uma chata"
Após o fim do casamento, Alexandra manteve-se solteira durante sete anos até acabar por voltar a apaixonar-se, desta vez por Piet-Hein. Os dois encontravam-se na mesma fase da vida e planeavam uma vida em comum juntos, acabando por dar o nó em 1997.
"Estávamos em sintonia. Encontrei nele a mesma necessidade de ter uma família, além de uma vida profissional", explicou sobre a relação. Juntos tiveram duas filhas, mas quando se julgava que esta relação iria persistir, o divórcio foi anunciado. Uma dor para Alexandra, que não tem dúvidas de que se entrega sempre mais ao amor do que os seus parceiros. "Na verdade, eu não segui o exemplo dos meus pais [casamento duradouro]. E dos meus avós. Sinto que tive períodos muito felizes. Não duraram muito. Fui amada e amei muito, mas eu sinto sempre que amo mais do que sou amada."
OS ROMANCES MAIS POLÉMICOS E A VIOLÊNCIA
Depois de dois casamentos falhados e de não conseguir encontrar a estabilidade, Alexandra Lencastre viveu vários romances conturbados. Sem especificar onde foi que a violência aconteceu, a atriz supreendeu, no entanto, ao vir assumir publicamente já ter sido vítima de violência doméstica.
No entanto, depois de ter feito a confissão, acabaria por preferir não dar seguimento ao assunto. "Fiz apenas uma confissão pública porque pertenço a este grupo. Posso até voltar ao assunto, mas não vou revelar isso (a identidade do agressor), até para proteger várias pessoas. Foi violência física e psicológica", confirmou.
Depois do fim da relação com Piet Hein, Alexandra apresentaria mais três namorados. O primeiro foi o fotógrafo António Gamito, com quem esteve durante dois anos, romance ao qual se seguiu um namoro atribulado com o empresário Paulo Ferreira, que terminou com rumores de traição à mistura. Nuno Oliveira foi a mais recente conquista da eterna atriz que, aos 57 anos, continua sem encontrar a estabilidade que procurou a vida toda.
"Imaginei que por esta altura ia estar muito mais apaziguada com a vida, já teria netos, seria o amparo, a voz da razão e teria uma vida mais calma a nível profissional. Mas nada disso. E percebes que começas a falhar. Não gosto dos sinais que o corpo me dá, não gosto da finitude. A questão agora é: quanto tempo falta?, já revelou, para de seguida afirmar nunca se ter sentido uma sortuda no amor.
"Eu não disse não ao amor, o amor é que me disse não a mim."