Nos primeiros tempos de mandato de Donald Trump, era raro vê-lo sozinho nos corredores da Casa Branca. Ao seu lado, ora sozinho, ora com um dos filhos, andava quase sempre Elon Musk, o dono da Tesla requisitado pelo presidente dos Estados Unidos para emagrecer as contas do governo e cortar em todos os gastos que, na sua ótica, fossem necessários. O dono da Tesla era apresentado como uma espécie de braço-direito, e se nessa altura, as ações da sua empresa subiam em flecha, augurando um futuro ainda mais milionário, rapidamente o magnata iria sentir o reverso da medalha e, de repente, o efeito com o inverso, com uma onda de repúdio perante a Tesla a fazê-la cair para números nunca antes vistos.
Apesar de continuar a ser detentor do título de homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 342 mil milhões de dólares (300 mil milhões de euros), nunca é demais dizer que essas são contas de 2024, e que provavelmente 2025 fechará com alguns dissabores financeiros, que Musk já sentiu na pele. Só em abril, o empresário já tinha perdido mais de 130 mil milhões de dólares (114 mil milhões de euros) como resultado do impacto das tarifas de Trump e as ações da Tesla continuavam na sua preocupante curva descendente, o que o levou a tomar uma decisão. Primeiro, começou a afastar-se lentamente da Casa Branca, mas agora já não há margem para dúvidas. Depois de ter revelado, em entrevista à CBS, estar "dececionado" com o projeto fiscal do presidente dos Estados Unidos, o empresário comunicou que o seu "período como Funcionário Especial do Governo" estava "chegar ao fim".
Os danos parecem ser irreparáveis, mas para Musk é tempo de afastar a sua imagem da de Trump e tentar salvar o império que levou anos a construir e que o levou a ser apelidado de génio dos negócios. Para muitos, o facto de se ter envolvido em demasia no novo governo acabou por o levar à ruína, uma vez que a sua imagem passou a ser indissociável da de Trump, sendo visto como um dos 'cães de fila' do novo presidente. Há também quem tema que esta fase menos positiva traga à tona os famosos ataques de fúria e problemas do foro da saúde mental que o empresário nunca terá conseguido resolver, e que vêm de uma infância destruturada, marcada por abandono e violência.
O ENVOLVIMENTO DO FILHO X
Aquilo que provavelmente fará parta do perfil de Musk foi visto como um erro de cálculo. Elon Musk, de 53 anos, não só passou a mover-se nos corredores da Casa Branca como se do seu próprio apartamento se tratasse, aparecia em conferências de imprensa ao lado de um dos 13 filhos, X, aumentando a sensação de familiaridade com Trump, com também já era fotografado ao lado da criança que, para desespero da mãe – a cantora Grimes – que lamentou a exposição do menino quando, para outros assuntos importantes como consultas e exames médicos, Musk se mantivesse como que alheado "nem sequer respondendo a mensagens".
Numa altura em que tudo parece jogar contra si, Musk atravessa, também, um período conturbado a nível pessoal. Enquanto viu uma das filhas, que se assumiu trans, garantir que o empresário lhe tinha virado as costas por causa da decisão, enfrentou uma nova polémica a propósito do nascimento do 13.º filho, que é acusado de não assumir.
Segundo a influencer Ashley St. Clair, quando o bebé nasceu, foi abordada pelo braço direito de Musk, que lhe ofereceu mais de 15 milhões de dólares (13 milhões de euros) e ainda 100 mil dólares (88 mil euros) mensais até a criança ter 21 anos, em troca de St. Clair não revelar que se tinha envolvido com Musk.
Segundo o 'Radar Online', St. Clair recusou a proposta e decidiu contar tudo nas redes sociais.
O empresário é acusado de ter o "fetiche da procriação" e de querer ter uma prole de filhos, mesmo que apenas os guie financeiramente, sendo na maior parte dos casos, acusado de ser um pai ausente.
