
Um novo tsunami abateu-se sobre os Borbón quando a revista ‘Lecturas’, que acaba de chegar às bancas, mostra Iñaki Urdangarín a passear à beira-mar de mão dada com uma loira, enquanto a mulher, a infanta Cristina de Espanha, se encontra em Genebra, na Suíça, na companhia da filha Irene. Há já algum tempo que corriam rumores de que o casamento da irmã do rei Felipe VI estaria a atravessar uma grave crise. Mas ninguém pensou que chegaria a esta situação, com sinais evidentes de traição pública. Esta é uma verdadeira bomba mediática que coloca novamente a família real espanhola no centro de todas as atenções, logo agora que as coisas pareciam estar mais calmas.
O que mais indigna os espanhóis é a ingratidão de Iñaki Urdangarín para com a infanta, já que a filha de Juan Carlos pagou um preço demasiado alto por nunca ter cedido à pressão de se divorciar do marido na altura em que rebentou o escândalo Nóos que o levou ao banco dos réus e, posteriormente, à prisão. Seria muito mais fácil para Cristina colocar um ponto final no seu casamento. O pai, que na altura ainda era rei, nunca a teria afastado, caso ela se tivesse divorciado.
Mas ela preferiu manter-se incondicionalmente ao lado do pai dos seus quatro filhos e acarretar com todas as consequências que advieram da sua decisão. Na época, a única pessoa que não lhe virou as costas foi a mãe, a rainha Sofia. Elena, a irmã, manteve-se em terreno neutro, enquanto Letizia e Felipe fizeram um corte radical com os antigos duques de Palma.
A antiga jornalista da TVE obrigou o marido a ter o mínimo de contacto possível com a irmã. Até as férias deixaram de ser em família, o mesmo aconteceu com o Natal e com qualquer outro evento familiar, sem falar, claro, nas cerimónias oficiais. Cristina viu-se repudiada, mas ainda assim apoiou o marido. Contra tudo e contra todos.
FAMÍLIA REAL INFORMADA UM DIA ANTES DA EXISTÊNCIA DAS FOTOGRAFIAS
Ao que parece, nem a infanta Cristina nem a família real foram apanhados completamente desprevenidos quanto à publicação das fotografias que provam a infidelidade de Inãki que, diga-se, nem sequer se coibiu de passear em público com a amante, como se fosse um homem livre de compromissos.
Na tarde da passada terça-feira, dia 18, a infanta e a sua família mais próxima foram informados de que a ‘Lecturas’ tinha fotografias em que se via o antigo atleta com uma mulher: "Ainda pensaram que se trataria de alguma das sobrinhas ou alguém da família Urdangarín e julgaram, inclusivamente, que a revista estava a cometer um erro grave (tendo em conta que o casal passou as festividades natalícias junto com a família de Iñaki)."Ninguém passeia assim pela praia com uma prima ou com uma sobrinha dessa idade, de mão dada" Só quando tiveram acesso à fotografia da capa é que perceberam que, afinal, não conheciam a mulher que ali estava. Os sinais eram por demais evidentes"
Sabe-se também que nessa tarde de terça-feira os vários elementos da família real contactaram entre si através de chat: "A curiosidade em torno da mulher era grande e houve quem quisesse ter a certeza de que não se tratava, efetivamente, de alguém da família do marido da infanta" avança a mesma fonte. As piores suspeitas confirmavam-se: estavam perante uma traição que, em poucas horas, toda a Espanha iria descobrir. E o mundo inteiro também, já que a vítima é Cristina, filha e irmã de dois reis.
É também revelado que a infanta, e mesmo perante todas as evidências, defendeu o marido. Fazia-o pelo "bem dos filhos". Uma traição que iria ser exposta aos olhos de todos e, ainda assim, ela continuou a mostrar-se calma e sempre a pensar em Juan Valentín, Pablo Nicolás, Miguel e Irene.
"Doña Cristina teve uma conversa telefónica com o rei Juan Carlos e falaram do assunto."
Já a revista ‘Hola’ falou com alguém próximo de Cristina que garante que horas antes da revista ser posta à venda, "Doña Cristina teve uma conversa telefónica com o rei Juan Carlos e falaram do assunto". Pai e filha falaram sobre a melhor forma de gerirem este novo escândalo.Foi também a infanta que informou os seus quatro filhos e a sua mãe, a rainha emérita Sofia. Apesar da sua dor, ela fez tudo para que ninguém fosse apanhado de surpresa e tentou minimizar o sofrimento de todos. Por isso, não é de estranhar que o filho mais velho do casal se mostrasse tranquilo quando foi abordado pelos jornalistas no dia seguinte, ou seja, na quarta-feira, 19. O jovem que se encontra a estudar em Barcelona disse que "são coisas que acontecem" e acrescentou: "Estamos todos calmos e vamos amar-nos da mesma forma".
PROBLEMAS COM A JUSTIÇA
As imagens da polémica terão sido captadas no passado dia 11 na localidade de Bidart, na costa basca francesa, muito perto de uma casa da família UrdangarÍn. Não deixa de ser mais uma prova da "cara de pau" de Iñaki que ainda no verão passado foi ali que passou as férias com Cristina e os quatro filhos. Mas há aqui um outro pormenor. Iñaki foi "apanhado" em França e, certamente, que estando em liberdade condicional, o ainda marido da infanta Cristina não teria autorização do Tribunal para sair de Espanha.
Entre algumas revistas espanholas já se sabia deste caso de infidelidade conjugal, mas por se tratar do cunhado do rei, houve publicações que não aceitaram publicar a história. Isto significa que Iñaki foi protegido por ser quem é.
Sabe-se também que esta não era a primeira vez que passava a fronteira, pois já em dezembro Iñaki e a sua colega de trabalho – que agora se sabe ser sua amante – já haviam sido vistos a jantar em Biarritz, também em França. Sim, entre algumas revistas espanholas já se sabia deste caso de infidelidade conjugal, mas por se tratar do cunhado do rei, houve publicações que não aceitaram publicar a história. Isto significa que Iñaki foi protegido por ser quem é.
Mas quem é a mulher que conquistou o coração do ex-duque de Palma? Chama-se Ainhoa Armentia e os dois conheceram-se no escritório de advogados onde Iñaki atualmente trabalha como consultor, depois de ter saído da prisão. A advogada, tem 43 anos, é casada e tem dois filhos, segundo avança 'El Correo'. A imprensa ‘del corazón’ garante que ela ainda vive sob o mesmo teto que o marido e também ela terá avisado o pai dos filhos da "bomba" que iria ser publicada para que ele não soubesse do caso extra-conjugal da mulher através da ‘Lecturas’.
OS MAIS QUE EVIDENTES SINAIS DE CRISE
Entretanto, a jornalista ‘Pilar Eyre’, especialistas em assuntos da realeza, lembra que o casamento da Cristina dava sinais de estar a passar por uma grave crise, embora a infanta se esforçasse para dar uma imagem de felicidade e que estava tudo bem entre si e o marido. O facto dela insistir em continuar a viver em Genebra, na Suíça, é a prova de que algo não estava assim tão bem.A escola de Irene é para Eyre apenas e só uma desculpa esfarrapada. Cristina poderia regressar a Espanha e inscrever a filha no Colégio francês de Madrid, por exemplo. Poderia alugar um apartamento e fixar residência na capital espanhola para que pudesse "retomar" a vida em comum com o marido. Nem sequer o trabalho da infanta pode ser dado como razão para ela continuar na Suíça, pois tal como aconteceu durante os vários confinamentos, Cristina poderia continuar a desempenhar as suas funções em regime de teletrabalho. A questão aqui, na opinião da conhecida jornalista, é que não havia vontade para dar continuidade a um casamento que não resistiu aos 10 anos de sofrimento causado pelo terrível caso Nóos.
Muito emotiva, terá sido ela (Letizia) a mais indignada com este caso de traição, pois a mulher de Felipe VI sabe bem que tanta polémica poderá comprometer seriamente a subida ao trono da filha. Mas onde é que Letízia entra em todo este imbróglio?
A rainha terá pedido a Felipe que tente minorar os estragos de mais este escândalo que envolve a sua família. Além do mais, não se esqueceu de lembrar ao marido que nada disto estaria a acontecer caso a infanta Cristina tivesse seguido os conselhos que lhe foram dados quando Iñaki foi acusado de corrupção. Se ela tivesse ouvido o irmão, na altura príncipe das Astúrias, e o pai, o rei Juan Carlos, ter-se-ia divorciado e não estaria a passar todo este vexame público nem colocaria a coroa, de novo, numa situação tão embaraçosa como esta.