
E eis que, com a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos da América, uma figura peculiar entra em cena: Elon Musk. Aquele que detém a maior fortuna mundial, avaliada em 300 mil milhões de dólares em património líquido, foi chamado para pôr ordem nos gastos e espremer aqueles que considerar supérfluos, num gabinete apelidado de 'Departamento de Eficiência'.
O magnata, dono da Tesla, da SpaceX, da rede social X, entre muitas outras empresas, já está com um pé no Governo norte-americano e bastante confortável na sua nova posição, admitem fontes próximas daquele que já é considerado o braço-direito de Trump no Governo.
A sua chegada está a ser acolhida com alguma reserva por parte do fiel staff de Trump, que assiste com desconfiança a todo o palco que está a ser dado ao bilionário, de 53 anos.
No entanto, há quem não partilhe desta reticência. De acordo com vários meios de comunicação norte-americanos, Melania acha muita piada ao dono da Tesla e até tem estado por perto nas inúmeras vezes que este é visita na mansão da família Trump em Mar-a-Lago. "A Melania gosta dele, e até tem aparecido mais nesta fase, mas o mesmo não se pode dizer de outras pessoas influentes que trabalham como conselheiros de Trump. Não é que ele esteja a tirar o lugar a alguém, mas há algum gelo, alguns ciúmes porque agora é tudo para Musk", diz uma fonte ao 'Page Six', adiantando que Donald Trump está fascinado com o magnata e acredita que este teve um papel predominante na vitória eleitoral.
Em janeiro, quando Trump entrar oficialmente na Casa Branca, também Musk começará o seu trabalho que passa por cortar naquilo que considera dinheiro mal gasto nos Estados Unidos, e que, no fundo, é um trabalho minucioso de verificar cêntimo a cêntimo para onde anda a sair a verba dos cofres do Estado.
Por exemplo, um olhar mais atento permitiu a Musk identificar que estavam a ser enviados cheques, num total de 1,3 biliões de dólares, de reembolso, apoios e subsídios a pessoas que já tinham morrido. O magnata vai ainda cortar com 33 milhões de euros enviados anualmente para uma empresa chamada 'Monkey Island', uma colónia de cerca de 3.000 primatas que são posteriormente enviados para laboratórios de pesquisa, ou os 500 mil dólares gastos com um laboratório da Flórida que ajuda a financiar pesquisas sobre macacos "transgênero" – machos injetados com hormonas femininas.
Certo é que Musk promete revolucionar e mexer com aquilo que está instituído, numa mudança que já está a gerar apreensão.
Na verdade, trata-se de um casamento feliz para Trump e Musk, que desta forma poderão juntar o útil ao agradável, que é como quem diz: o novo presidente dos EUA ganha com a visão estratégica do magnata e este potencia ainda mais os seus ngeócios.
Prova disso foi que, assim Trump ganhou as eleições, a Tesla valorizou 28 por cento, uma vez que o político já expressou o seu apoio às empresas de Elon Musk, especialmente à indústria de carros elétricos.
Uma ligação que se estende para além dos negócios e se alavanca também na vida pessoal onde os dois mostram ter muito em comum.