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O mistério dos 2 milhões desaparecidos! Joana Pinto da Costa alia-se à madrasta contra o irmão, para manter dinheiro a salvo e cumprir vontade do pai

Joana Pinto da Costa e Cláudia Campo juntam-se para defender aquela que foi a última vontade de Pinto da Costa e afastam a fortuna do portista das mãos de Alexandre. A crispação entre os irmãos, que já tinha sido vista no funeral, sobe de tom numa verdadeira guerra pelo dinheiro.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
19 de março de 2025 às 20:45
Cláudia Campo; Joana Pinto da Costa; Alexandre Pinto da Costa

Tal como Pinto da Costa previu em vida, as coisas ficaram feias por causa da sua herança, gerando uma total discórdia na família, principalmente entre os dois filhos, Joana e Alexandre. Os dois nunca mantiveram uma relação saudável. São filhos de mães diferentes - Joana do casamento com Filomena Morais e Alexandre da primeira união, com Manuela Carmona - e, apesar da irmandade, conta quem acompanhou a família ao longo dos anos que sempre partilharam uma certa rivalidade, que agora atinge novas proporções depois de o empresário ter sido deserdado.

No funeral do pai, a crispação entre os irmãos já era evidente. Por essa ocasião, terão sido vistos a discutir e agora tudo começará a subir de tom por causa da herança que, com o último testamento, fica maioritariamente nas mãos de Joana Pinto da Costa e da viúva, Cláudia. Segundo uma fonte revelou à The Mag, as duas estarão mesmo aliadas em relação àquilo que seria o último desejo do ex-presidente portista: manter os seus milhões a salvo do filho, com quem sempre manteve um relacionamento conturbado e com quem só viria a fazer as pazes quando esteve internado na CUF, em novembro, precisamente dias antes de ter alterado o testamento para o deserdar, o que gerou alguma estranheza pelo timming.

"Tudo isto é muito estranho. Há um testamento de outubro em que o Alexandre ainda constava, e nessa altura eles estavam de relações cortadas, e depois um outro em que já teriam feito as pazes em que ele é deserdado. Claro que Pinto da Costa sempre foi um homem imprevisível, mas há quem diga que esta também poderia ser uma forma de 'salvar' o filho que, com investigações de corrupção a decorrer em seu nome, poderia acabar por ver o seu património em risco", diz uma fonte.

Sobre o assunto, publicamente, Alexandre acabaria por dar como que uma chapada de luva branca à irmã e também à viúva do pai, Cláudia Campo, para garantir que as questões relacionadas com a herança de nada lhe interessam, uma vez que nunca moveu a sua relação com o pai por interesses financeiros. "Nunca foi o dinheiro nem os bens materiais que me moveram no apoio que sempre dei ao meu pai nos momentos em que ele mais precisou de mim enquanto filho. Menos ainda, não foi o dinheiro nem os bens materiais que me moveram nos desacordos que tive com o presidente do FC do Porto por ele estar tão mal acompanhado nos últimos anos da sua presidência". As declarações foram proferidas na sequência de uma afirmação na qual o empresário deixava claro que iria doar ao FC Porto, sem qualquer tipo de contrapartidas, todo o espólio que o pai tinha deixado relacionado com o clube.

Pinto da Costa e Alexandre Pinto da Costa
Pinto da Costa e Alexandre Pinto da Costa

No entanto, apesar do aparente desinteresse financeiro nesta questão, fontes afirmam que o ambiente na família está tenso com Alexandre a se encontrar sozinho de um lado da barricada enquanto do outro as legítimas herdeiras, Joana e Cláudia Campo, que mantinha um relacionamento com Pinto da Costa há oito anos, tendo-se casado há cinco. Desse lado estará também o neto de Pinto da Costa, Nuno, filho de Alexandre, a quem foram entregues, em testamento, todos os direitos sobre o nome do avô, o poderá traduzir-se numa espécie de pensão vitalícia, dada a inegável contribuição do dirigente na vida do clube e do próprio futebol português. O jovem, é sabido, não mantém qualquer relação com o pai, sendo mais um na guerra contra Alexandre.

ONDE ESTÃO AS CASAS E OS MILHÕES EM AÇÕES

Alexandre Pinto da Costa foi deserdado, mas na verdade não é que o testamento de Pinto da Costa tenha revelado uma grande fortuna. Por exemplo, de bens patrimoniais já só restava um apartamento T1, aumentando as certezas de que o portista começou a fazer partilhas em vida. Por exemplo, no Porto correm rumores de que a luxuosa casa onde o ex-presidente azul e branco vivia, na zona das Antas, poderá ter sido doada a Cláudia Campo e destino idêntico possam ter tido outras casas, que terão sido passadas para o nome de Joana.

Por descortinar está também o mistério dos quase dois milhões de euros em ações, vendidas pouco tempo antes da morte por Pinto da Costa a um antigo jogador do FC Porto, Agostinho Caetano, que é empresário da construção civil em Paredes. Esse e outros valores estão agora na mira de Alexandre, que quererá ver as contas explicadas, preto no branco, sendo que, pelo menos publicamente, com Pinto da Costa esse foi sempre como que um grande enigma, nunca se conseguindo apurar a dimensão da sua fortuna.

Conhecidos são os valores que declarava e prémios que recebia enquanto presidente do FC Porto - sendo público que, pelo menos nos últimos anos, ganharia entre os 800 mil euros e o 1 milhão de euros anuais. No entanto, há tudo o resto que se especula que possa fazer parte de um 'bolo' nunca declarado pelo portista.

Antevendo a polémica, no seu livro 'Azul Até ao Fim' Pinto da Costa deixava um aviso: de nada valia andarem a 'farejar' eventuais contas no estrangeiro ou sociedades em paraísos fiscais porque nada havia. No entanto, essa é apenas uma questão das muitas que agora espartilham a família ao meio, numa altura em que todos querem defender a sua parte da herança.

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