
A última quarta-feira trouxe notícias difíceis de digerir para o antigo presidente francês Nicolas Sarkozy, que viu o Supremo Tribunal rejeitar os seus recursos, o que faz com que tenha de cumprir a pena de três anos a que foi condenado por corrupção e tráfico de influências, sendo que um deles é de prisão efetiva, que o político irá passar em casa com pulseira eletrónica.
Um período de reclusão para Sarkozy que, no entanto, vai estar confinado numa autêntica mansão, que conta com todos os luxos, numa espécie de exílio dourado vivido ao lado da mulher, Carla Bruni e da filha, Giulia. O casal, que está junto há mais de 15 anos, naquela que foi considerada, à época, uma união improvável, vive num dos bairros mais chiques, exclusivos e caros de Paris, o 16º arrondissement.
Conhecido por ser o bairro de eleição de várias caras conhecidas francesas, entre atores e futebolistas, o condomínio privado de Villa Montmorency é conhecido pela sua segurança extrema ao ponto de ninguém de fora lá conseguir entrar. Entre os turistas, é normal que acresça a curiosidade em torno daquele que é considerado o último reduto dos milionários, em Paris, mas nem com toda a boa vontade passam do portão ou conseguem ver para lá do que os muros altos permitem. "É como que uma espécie de zona rural dentro da própria Paris. É um bairro encantador, onde parece que se está no meio do nada, mas com todos os luxos e comodidades", já disse uma fonte ao 'Le Parisien'.
Foi essa segurança acima da média que convenceu Sarkozy e a família a irem viver para este bairro parisiense quando deixaram o Palácio Eliseu, principalmente por terem todas as condições para criar a filha longe de polémicas, paparazzi e holofotes, sendo que na altura estariam longe de imaginar que, de repente, o antigo presidente iria passar um ano sem ter autorização de passar os portões do seu condomínio, que é considerado uma pequena cidade murada com inúmeros espaços verdes e algum pequeno comércio exclusivo para servir os moradores.
A RELAÇÃO COM CARLA BRUNI OS RUMORES DE CRISE
A relação entre o antigo presidente francês e Carla Bruni sempre suscitou muita curiosidade e quando Sarkozy ainda estava no governo chegou mesmo a especular-se que era uma espécie de fachada que servia o interesse dos dois: ele exibia um relacionamento estável e ela relançava a sua carreira de cantora, entretanto esmorecida.
"Estamos apaixonados. A nossa história é autêntica e não um namoro organizado por um consultor de imagem", disse Carla Bruni à época, acrescentando que a verdade ficaria à vista de todos com o passar do tempo. E não é que teve razão? Os anos passaram e o romance resistiu aos rumores de crise e às polémicas em torno do mandato de Sarkozy, sendo que para a artista o segredo da relação passa tanto pela monogamia como pela chama que mantêm forte no romance. "Continuo atraída pelo meu marido. O sexo com ele também é fantástico. Faço questão que haja sempre um pouco de mistério. Acho que é importante sentirmo-nos muito atraídos pela pessoa com quem nos casamos", fez saber, acrescentando que "cortaria as orelhas ou a garganta a Sarkozy" se este a traísse.
Mais tarde, no entanto, acabaria por admitir que perdoaria uma traição, dependendo do caso específico. "O adultério para mim não é pecado, sou filha desse amor. Se fosse adultério físico, eu suportaria. Mas se ele se apaixonasse, não."