'
THE MAG - THE WEEKLY MAGAZINE BY FLASH!

Procura-se Cinderela para o sapatinho! Príncipe herdeiro do trono do Brasil e primo de D. Duarte Pio, tem de encontrar noiva com sangue azul sob pena de perder direito à coroa

É uma luta entre o dever e o coração. A família real brasileira e a família real portuguesa estão de luto com a morte de D. António de Orleans e Bragança, de 74 anos. Uma perda que coloca Rafael, o filho mais velho do falecido príncipe imperial, diante de um imenso dilema: ou salva a coroa ou segue o caminho do amor.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
14 de novembro de 2024 às 23:42
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança
D. Rafael de Orleans e Bragança

António de Orleans e Bragança morreu no passado dia 8 de novembro. Doença pulmonar obstrutiva foi a causa da morte deste descendente de D. Pedro IV de Portugal, membro da Casa de Bragança e o primeiro imperador do Brasil. Segundo notícias avançadas pela imprensa brasileira, este primo em segundo grau de D. Duarte Pio e do rei emérito Juan Carlos de Espanha [era, por isso, primo em terceiro grau de Felipe VI] encontrava-se internado desde o mês de julho na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.

"Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom António de Orleans e Bragança, que, hoje, dia 8 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, aos 74 anos de idade, confortado com os Sacramentos da Santa Igreja, Deus Nosso Senhor teve por bem chamar a Si", é assim que a Casa Real do Brasil anunciou a morte do irmão do atual chefe da Casa Imperial.

O mesmo comunicado esclarece ainda: "O falecido deixa esposa, a Princesa Imperial Viúva do Brasil, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança; filhos, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Rafael de Orleans e Bragança, e as Princesas Dona Maria Gabriela e Dona Amélia de Orleans e Bragança; genro, James Spearman; e netos, Joaquim e Nicholas Spearman." E termina: "Profundamente consternado, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, a todos encarece orações em sufrágio da alma de seu dileto e sempre leal irmão."


O NOVO PRÍNCIPE IMPERIAL 

Com a morte de D. António de Orleans e Bragança é o filho, o príncipe imperial Rafael de Orleans e Bragança, de 38 anos que sobe ao segundo lugar da linha de sucessão da antiga Casa Imperial. Embora o Brasil seja uma república desde 1889, o que significa que na prática não existe um trono para ocupar, tem, no entanto, uma família real. À semelhança do que acontece em Portugal com o mesmo ramo da família: a Casa de Bragança. E para que continue a existir uma família real o novo príncipe herdeiro está agora diante um dilema. Já passamos a explicar, mas comecemos antes por revelar quem é este homem que surgiu muito consternado no funeral do pai, na localidade de Vassouras [a qual é também conhecida de Cidade da Coroa Imperial do Brasil], com as duas irmãs, Amélia e Maria Gabriela, pelo braço.

Rafael António Maria José Francisco Miguel Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança ostenta os títulos reais de príncipe do Grão-Pará, príncipe do Brasil e príncipe de Orleans e Bragança. Nasceu na Cidade Maravilhosa, ou seja, no Rio de Janeiro mas foi criado no campo, mais precisamente em Petrópolis. Licenciou-se em engenharia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Depois de ter já passado por diferentes áreas de atividade, Rafael é agora sócio de uma empresa de consultoria com escritórios em Nova Iorque e Londres, é nesta última cidade que vive grande parte do tempo. Resta realçar que este primo de D. Duarte Pio fala fluentemente francês, inglês, domina o alemão e o espanhol, e, claro, a sua língua materna é o português.


Mas como é que Rafael chega a segundo da linha sucessória se o seu pai, D. António – recentemente falecido – era o sétimo dos 12 filhos do príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança? De facto, o pai do atual príncipe imperial do Brasil era bisneto da Princesa Isabel e trineto de Dom Pedro II, o segundo e último monarca do Império do Brasil — o filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal), mas não seria nunca herdeiro do trono se os seus irmãos mais velhos tivessem deixado descendência.

TRAGÉDIAS QUE LEVARAM O TRONO 

António de Orleans e Bragança só sobe na linha sucessória com a morte do seu irmão mais velho, o príncipe imperial Luiz, que faleceu em 2022. Como não teve filhos foi sucedido pelo irmão que lhe seguia como chefe da casa real. Só que o príncipe Bertrand, de 83 anos, também não tem filhos. Ainda assim nunca seria Rafael a suceder ao tio se a sua família não passasse, em 2008, por uma enorme tragédia. O príncipe perdeu o irmão mais velho, o primogénito Pedro-Luiz, de 26 anos, que morreu no acidente do voo 447 da Air France.


Esta tragédia acabou por entregar o título de príncipe de Grão-Pará, o título que no Brasil imperial designava o primogénito de príncipe herdeiro. "Como Príncipe de Grão-Pará, renovo o meu compromisso de dedicar toda a minha vida ao Brasil e trabalhar para os brasileiros em qualquer âmbito e quando me me pedirem", declarou Rafael quando recebeu o título. Como se vê são uma série de acasos que o conduzem até ao (inexistente) trono.

O DIFÍCIL DILEMA DO PRÍNCIPE RAFAEL 

Ao assumir esta responsabilidade e o príncipe é posto diante um difícil dilema [o tal dilema de que já falamos e que prometemos explicar]. Rafael passou a ter a sua vida sentimental condicionada por uma regra da monarquia brasileira. Caso Rafael case com alguém que não pertença à nobreza – ou seja um casamento morganático – perderá os seus direitos sucessórios. Ciente deste perigo, Rafael já declarou que a sua intenção é procurar uma noiva que faça parte da "realeza ou da alta nobreza católica."

Se assim não acontecer, o príncipe nunca poderá vir a ser chefe da família Orleans Bragança. Ou encontra princesa ou fica de fora da corrida ao "trono". Tem como exemplo o que aconteceu à sua irmã mais velha, Amélia, que perdeu os seus direitos dinásticos ao decidir subir ao altar com Alexander James Spearman, um sobrinho neto do ex-ministro espanhol António Garrigues. Por tudo isto, a atenção vira-se toda para Rafael e para a noiva que possa vir a escolher.

você vai gostar de...


Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável