'
THE MAG - THE WEEKLY MAGAZINE BY FLASH!

Quem tem medo da primeira-dama brasileira? O poder de Janja Lula da Silva e como se pode tornar uma dor de cabeça para o presidente...

A mulher de Lula da Silva prometeu ter um papel ativo no governo e está a fazer tudo por isso debaixo de críticas. Mas, afinal, será que ela incomoda mesmo? Veja os números sobre a sua aprovação e como está a dividir os aliados.
Amarílis Borges
Amarílis Borges
27 de abril de 2023 às 22:48
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva
Janja e Lula da Silva

A primeira-dama brasileira tem visto as críticas sobre a sua atuação ao lado do marido subirem de tom nas últimas semanas. Rosângela (Janja) Lula da Silva prometeu ter uma voz ativa nos quatro anos que vai estar em Brasília mas divide opiniões.

De passagem por Portugal na semana passada, para a primeira visita oficial de Lula da Silva à Europa depois de eleito, Janja nem precisou falar nada para ver as críticas envolvendo o seu nome. Bastou sair do hotel onde estava hospedada para comprar uma gravata ao marido, numa das lojas da Avenida da Liberdade, e receber uma condecoração oferecida pelo presidente português: a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que distingue os serviços relevantes a Portugal ou na expansão da cultura portuguesa. Sobre a primeira polémica, Janja respondeu apenas com: "Quem ama cuida", disse na legenda de uma foto de Lula com a gravata nova. A segunda polémica foi Marcelo Rebelo de Sousa quem justificou esta quarta-feira, 26, num comunicado: É "uma prática diplomática internacional antiga".

"A Primeira-dama do Brasil seria assim condecorada, independentemente do seu curriculum e de quem fosse o Presidente eleito do Brasil, mas por ser cônjuge do Chefe de Estado, tal como o foram, por exemplo, as esposas dos Presidentes Juscelino Kubitschek ou Fernando Collor de Mello", diz a nota da Presidência.

View this post on Instagram

A post shared by Janja Silva (@janjalula)

Janja sorria e acenava enquanto do Brasil chegavam notícias que ela "amplia influência em decisões de Lula", "reivindica papel de destaque na gestão de Lula", "incomoda" os aliados. As fontes secretas reclamam em Brasília por a primeira-dama de supostamente ajudar nas decisões sobre campanhas publicitárias, participar em encontros de Lula com ministros e também de não alinhar a sua comunicação com o palácio do Planalto, ao mesmo tempo que é sublinhado que Janja não tem qualquer papel institucional.

View this post on Instagram

A post shared by Janja Silva (@janjalula)

Em declarações à FLASH!/The Mag, a assessoria de imprensa de Janja Silva disse apenas que "não comenta para não contribuir com esse clima de disputas políticas". 

Essas críticas não são novas. Durante a campanha para as eleições presidenciais do Brasil já havia quem sussurrasse sobre a influência da mulher de Lula. Depois da vitória, Janja assumiu o comando da cerimónia de posse e do festival de música que decorreu durante todo o dia. Partiu de Janja a ideia para a imagem histórica do povo a passar a faixa presidencial a Lula na ausência do seu antecessor. A primeira-dama deu várias entrevistas no primeiro mês do governo e sublinhou quais seriam as suas áreas de trabalho (não remunerado): na Cultura e no apoio às mulheres.

No entanto, houve quem se surpreendesse quando Lula anunciou que a primeira-dama ia ficar à frente do Gabinete de Assuntos Estratégicos em Políticas Públicas, a trabalhar com todos os ministérios e com acesso direto ao presidente brasileiro. O espaço fica no terceiro andar do Palácio do Planalto, tal como ficava o escritório das primeiras-damas antecessoras, incluindo dona Marisa Letícia, a segunda mulher de Lula, que morreu em 2017. Janja pode assim ter um cargo oficial e usar a sua experiência como socióloga nas iniciativas do governo. 

Mas será que a primeira-dama brasileira incomoda mesmo? Uma pesquisa da consultora Quaest, citada pela 'CNN Brasil', mostrou que a avaliação positiva de Janja saltou de 10%, em setembro de 2022, para 41%, em fevereiro deste ano, um mês depois de Lula iniciar o mandato. Enquanto a avaliação negativa de Janja subiu de 5% para 19%, no mesmo período. Já se fala por isso em "capital político" e na possível candidatura da mulher de Lula.

Em entrevista ao programa 'Fantástico', da Globo, a socióloga de 56 anos disse que se inspirava em Eva Perón e em Michelle Obama para o seu papel de primeira-dama. Evita morreu aos 33 anos, vítima de cancro no útero, e recusou ser candidata a vice-presidente da Argentina após os apelos do povo por já estar doente, em 1951. Michelle Obama chegou a ter a popularidade maior do que a do marido, mas ignorou todos os pedidos para que se candidatasse às eleições norte-americanas de 2016, alegando o sentido de responsabilidade que o cargo exige.

View this post on Instagram

A post shared by Janja Silva (@janjalula)

você vai gostar de...


Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável