
O Verão foi como que uma lufada de ar fresco para Letizia e Felipe que, depois de dolorosos meses longe das duas filhas - Sofia encontrava-se num internato no País de Gales e Leonor em alto-mar devido à sua formação militar - conseguiram acalmar os seus corações. Durante o mês de agosto, a família pôde matar saudades e sucederam-se momentos de cumplicidade entre todos, que promoveram também uma maior harmonia no palácio, onde rumores de mal-estar e de uma crise no casamento dos reis abalam constantemente a monarquia, principalmente desde a revelação do suposto caso de Letizia com o antigo cunhado, Jaime del Burgo.
Desde então, muito se tem falado acerca do estado do casamento dos reis, com constantes especulações de que o divórcio está iminente, de que apenas vivem um casamento de fachada, e que levam vidas separadas no Palácio. No entanto, nunca nada foi confirmado oficialmente.
Depois de um período marcado por uma avalanche de rumores, há quem diga mesmo que, finalmente, há uma luz ao fundo do túnel e que, depois de um período considerado o mais negro do casamento, os dois estão, efetivamente, a tentar resolver as divergências, naturais a uma longa união.
À revista espanhola 'Lecturas', Lara Ferreiro, especialista em terapias de casal, que analisa frequentemente assuntos da realeza, revelou que, o que se sente quando se presencia uma imagem dos reis, é que o muito que passaram serviu para os unir. "Passaram mal, mas com isso atingiram uma fase de muito maior profundidade, estão numa fase de amor profundo", avança a especialista, acrescentando que, ao longo dos últimos 20 anos de casamento, os dois têm passado por muitas crises e provas de fogo, mas que têm sempre conseguido superar as adversidades.
"Vê-se que estão calmos e tranquilos. Eles perdoaram por tudo o que aconteceu, mesmo que outras informações venham à tona. Estão até numa fase de maior carinho, como um casal que passou por muita coisa junto e aguenta tudo. Afinal, são mais de 20 anos", explica, acrescentando que os dois estão a fazer um esforço para contornar as adversidades. "Passaram por furacões e crises profundas, mas conseguiram dar a volta e estão num bom momento."
Para isso, também terá contribuído o recente estatuto de ninho vazio que os levou a passarem mais tempo sozinhos enquanto casal, e também a terem de se sintonizar em relação ao rol de problemas que surgiram nos últimos tempos, principalmente com Leonor em alto-mar, quando a princesa viu a sua privacidade comprometida nas escalas que ia fazendo na viagem ou quando tiveram de decidir o que fazer face à saúde da filha, que demonstrava grande dificuldade em adaptar-se à vida no navio. Problemas que, de alguma forma, os uniram e o renovaram uma cumplicidade que andava numa fase mais morna. Isto apesar de Felipe VI admitir que nem sempre é fácil lidar com a ausência das filhas de casa. "Agora, estamos mais sozinhos. E é normal, aborrecemo-nos um pouco", fez saber, não escondendo as saudades das duas filhas, com vidas já independentes.