
Já muito se escreveu no mundo inteiro sobre a chegada de Meghan Markle ao seio da família real de Inglaterra. A convicção de que a atriz de Hollywood fez de tudo para o conquistar o mais cobiçado solteiro da altura, o príncipe Harry, para que, através do casamento, pudesse ter a tão ambicionada projeção mundial, é cada vez mais uma certeza. Queria mais do que Hollywood alguma vez lhe poderia dar. Aquela que é hoje a duquesa de Sussex e que no passado foi uma atriz de terceira categoria queria estatuto, dinheiro, posição. Resumindo, queria pertencer a uma elite mundial que lhe abrisse as portas para um mundo com que sempre havia sonhado. A sua sede por poder e as suas aspirações em chegar à Casa Branca teriam"carta branca" logo que no seu cartão de cidadão constasse o apelido Windsor. Esta sempre foi a convicção de Meghan Markle.
E foi precisamente essa inabalável convicção que lhe deu uma segurança excessiva e presunçosa. A partir do momento em que o príncipe Harry lhe colocou o anel de noivado no dedo anelar, a norte-americana mudou. Tornou-se mais altiva e achou-se superior à maioria dos Windsor. Arrogante, começou a olhar, sobretudo para Kate Middleton de cima. Considerou que ela, a cunhada inglesa, era uma "provinciana". Mostrou-se indiferente ao facto da então duquesa de Cambridge estar a cima de si na hierarquia real. E com o seu comportamento marcadamente pedante quase se iludia a si própria que era ao contrário.
Dizem fontes de Buckingham que quem assistisse ao convívio entre as duas mulheres, e que não soubesse quem era quem, ficaria com a ideia de que Meghan estava num patamar superior ao de Kate. Além disso, parecia estar em permanente competição com a cunhada. A fortuna que gastou - e continua a gastar - em roupa foi sempre com a intenção de se apresentar melhor e mais elegante do que a mulher de William. Sempre que saía a perder nas comparações feitas pela imprensa, a mulher de Harry irritava-se a valer.
AFASTAR HARRY DOS WINDSOR
Este foi o seu primeiro grande erro. Meghan Markle meteu-se com quem não deveria, nem podia, ter-se metido. As guerras com a cunhada levaram a uma deterioração da relação entre os Sussex e os Cambridge. Wiliam não gostou do comportamento da norte-americana e terá falado com Harry sobre a atitude excessivamente autoritária de Meghan. Este, por sua vez, não aceitou que o irmão falasse da mulher. Começou aí uma zanga que se mantém até aos dias de hoje.
Os filhos de Carlos III e da falecida princesa Diana estão de costas viradas e, enquanto Kate Middleton tenta uma reconciliação entre o marido e a cunhada, Meghan Markle não mexe nem um dedo para que isso aconteça. A imprensa internacional já por diversas vezes assegura que a intenção da duquesa de Sussex é manter o marido cada vez mais afastado da família real inglesa para que possa controlar melhor toda a situação. Se Harry estiver mais isolado dos seus, mais se aproximará e dependerá dela.
Quando se apercebeu de que não conseguiria ser a 'Beyoncé' na família real, Meghan sofreu a sua grande desilusão. Sim, leu bem, a mulher do príncipe Harry aspirava ser tão mediática quanto a estrela da música internacional. A atriz sonhava ser princesa e tornar-se tão famosa como Beyoncé. Markle acreditava que depois do casamento com Harry, tornava-se numa princesa e que a sua popularidade iria "rebentar a escala" no Reino Unido, tornando-a tão conhecida e popular quanto a famosa cantora, que muitos apelidam como a "rainha Beyoncé". A revelação está contida no polémico livro 'Courtiers: The Hidden Power Behind the Crown by Valentine Low', que revela mais segredos e tricas de bastidores que envolvem Meghan Markle. "Acho que Meghan Markle pensava que ia ser a Beyoncé do Reino Unido", diz o autor deste livro, citado pela imprensa inglesa.
A CHANTAGEM QUE NÃO CORREU BEM
Foi nesta altura que a atriz vinda da série 'Suits' arquitetou um novo plano, uma nova estratégia. A saída da família real. O processo que a imprensa apelidou por 'Megxit' tem duas fases distintas. Inicialmente o anúncio de abandonar Inglaterra escondia uma espécie de chantagem. Meghan Markle acreditou que bastaria fazer essa ameaça para a rainha e todos os outros Windsor se tornassem menos exigentes e rígidos com ela. Estava convencida de que o medo que tinham que levasse Harry e o filho Archie de Inglaterra os faria recuar e que viriam "comer à sua mão". Mais uma vez enganou-se! A rainha Isabel II, depois de conversações com o então príncipe Carlos e o príncipe William, aceitou a saída dos Sussex. E não só aceitou como decidiu retirar-lhe privilégios. Um duro golpe para a atriz que não estava preparada para esse castigo. Saiu-lhe, como se diz popularmente, "o tiro pela culatra".
Entra, então, em acção um novo plano: tirar o melhor proveito possível do 'Megxit'. Para isso, tinha que arquitectar um plano em que parecesse que ela e o marido estavam a ser rejeitados pelos Windsor. Esse papel de vítimas poderia ser-lhes favorável nos Estados Unidos, que continuam a olhar para a Inglaterra como o país colonizador e opressor. Uma vez mais convenceu-se de algo que não veio - pelo menos por enquanto - a concretizar-se. Meghan Markle apostou todas as suas fichas nos Estados Unidos e julgou que aquilo que não conseguiu alcançar em Inglaterra iria conseguir no seu país. "Vendeu" o sonho americano ao marido que se iludiu com a propaganda da mulher e deixou para trás toda a sua família em troca de uma vida que ainda não se cumpriu. As entrevistas que têm dado - especialmente a que concederam a Oprah Winfrey - revelaram-se verdadeiros tiros nos pés. Os convites nunca surgiram, os projetos teimam em não aparecer e os Sussex não têm qualquer estatuto especial. A popularidade do casal cai a cada novo dia. E nem o papel de vítima - que no início ainda deu alguns (poucos) frutos - já consegue cativar seja quem for. Os americanos estão fartos de Meghan e de Harry que não têm nada de novo para lhes apresentar.
CARLOS III IMPLACÁVEL COM OS SUSSEX
Agora, que Isabel II morreu, o casal perde ainda mais interesse medático. Com o desaparecimento da monarca que estava há 70 anos no trono, como que se apaga também a ligação de Meghan e de Harry à maior e mais querida figura da monarquia inglesa e mundial. Os Sussex perdem "valor". Pior, a morte da rainha implica ainda um maior afastamento da coroa britânica. Era ela que ainda tentava trazer Harry de volta a "casa". Era ela que estava apostada em acarinhar o "neto pródigo". E era por ela que o duque de Sussex ainda ponderava regressar a Inglaterra. Carlos III não tem a mesma atitude conciliadora da mãe. Já fez notar que quer o filho e a nora à distância. Para isso, não tem hesitado em lhe retirar regalias e ainda está a ponderar se vai, ou não, atribuir os títulos de príncipe e princesa aos netos: Archie e Lilibet.
Como se vê os planos de Meghan Markle têm (quase todos) saído furados. A duquesa terá que se reinventar para que as suas ambições mais megalómanas ainda tenham espaço para serem concretizadas. A verdade é que o rescaldo da morte da rainha Isabel II poderia ser aproveitado para reconstruir pontes com os Windsor, mas ao que parece estas já foram derrubadas há muito tempo e tudo indica que não há forma de as voltar a pôr de pé.