
A longa investigação sobre a morte da princesa Diana vai permanecer em segredo de justiça até 2082, informa o 'Daily Star'.
O documento contém seis mil páginas, entrevistas a cerca de 200 testemunhas, fotografias inéditas, testes forenses e outros dados reunidos pela polícia francesa nos 18 meses de investigação a seguir ao fatídico acidente em 1997.
A decisão da justiça francesa, que tem como base o "artigo L. 213-2", diz que o documento só passará a ser de domínio público 75 anos depois do final da investigação. Como o caso só foi encerrado em 2007, ainda faltam 62 anos para que os dados sejam tornados públicos.
"Cheira mal a encobrimento e conspiração ao mais alto nível, e isto é típico da burocracia francesa", diz uma fonte ao 'Daily Star'. A publicação passou meses a pedir ao Palácio da Justiça francês para ter acesso aos documentos que supostamente enchiam uma sala do chão ao teto. A morte da princesa Diana é considerada uma das maiores investigações do mundo.
Acredita-se que os popéis estejam trancados nos arquivos do Tribunal de Apelação de Paris, no porão do edifício, protegido por polícias armados.
Contudo, não há certeza de que as autoridades francesas tenham mesmo essas seis mil páginas. Em 2007, as autoridades alegaram terem perdido estes documentos quando o advogado do paparazzi Fabrice Chassery, Jean-Louis Pelletier, pediu para ter acesso no âmbito de outro processo em que o seu cliente estava a ser acusado de homicídio involuntário.
"Quando fui ao tribunal pedir para ver os arquivos, disseram-me que não estavam lá. Sei que os arquivos desaparecem de tempos em tempos, mas, considerando o tamanho e a importância deste em particular, é extraordinário", disse o advogado.
Diana e o seu namorado, Dodi Al Fayed, morreram a 31 de agosto de 1997 num acidente em Paris em que o motorista Henri Paul, que também morreu, foi considerado culpado por condução negligente.
O guarda-costas de Diana, Trevor Rees-Jones, foi o único sobrevivente, mas sofreu graves ferimentos.