O futuro de José Eduardo Moniz tem andado na ordem do dia depois da administração da TVI ter mudado. Com a entrada de Luís Cabral, o novo homem forte dos destinos da televisão de Queluz, surgiram incertezas sobre a permanência do consultor no projeto. E são muitas as notícias contrárias que têm sido publicadas.
Agora, José Eduardo Moniz respondeu e puxou dos galões, aludindo a que estes últimos 10 anos de liderança da TVI são fruto do trabalho que tinha deixado feito antes de ter trocado o canal pela Ongoing.
Foi num longo post no Instagram que o consultor da TVI disse tudo o que lhe vai na alma.
"Praia Verde. Sol, areia e mar.
Bom sítio para recarregar baterias, para ler, para rever amigos, para pensar.
Não fossem os paparazzi abelhudos e o ambiente seria perfeito.
Se a deformação profissional não trouxesse até mim os jornais, as revistas e as redes sociais, os dias seriam memoráveis. Assim, não é possível desligar do chorrilho de mentiras e de especulações que, nos últimos dias, têm envolvido o meu nome.
Costumo dizer, mesmo assim, que é para o lado que durmo melhor. Com a desinformação que por aí reina e com os jogos de bastidores que infectam o meio, o melhor é não ligar. Os cães ladram e a caravana passa.
Uma amiga minha, com algum sentido de humor, dizia-me, há uns meses, que o trabalho deixado por mim, de herança , na TVI, em 2009, tinha sido de tal maneira sólido e eficaz, que resistira dez anos às investidas da concorrência.
Observando as coisas a esta distancia, não posso evitar um sorriso de satisfação. Foi um modelo que resistiu, de facto, dez anos. E mais resisitiria se a sua modernização tivesse ocorrido, ajustando-o a tempos novos.
Aliás, o que se passa no audiovisual portugues é suficientemente preocupante para não fazer qualquer profissional consciente reflectir sobre o presente e o futuro, sobre que caminhos percorrer e sobre o que vale ou não a pena, hoje em dia, tendo em conta as mudanças que as tecnologias precipitam.
Não tendo nada para provar a ninguém, nem perante ninguém, nem sequer querendo perder tempo com a estupidez alheia, prefiro que o marfim corra.
E continuo a sorrir. Com o conforto de quem sabe o que quer, que só está onde está até lhe apetecer, com a noção de que poderia encontrar-me, há mais de um ano, a trabalhar noutro sítio, tanto cá dentro como lá fora, enfrentando grandes desafios e promovendo transformações importantes, susceptíveis de adicionarem mais marcas às que, com mérito ou sorte, consegui ir deixando, ao longo da minha vida profissional.
Portanto, descansem os detractores e os especuladores de meia tigela: vão ter de levar comigo, quer queiram, quer não queiram. Logo verao como !
E viva o sol, o mar e a praia", escreveu, partilhando uma imagem do areal.