
É a notícia do momento: Ana Anes, antiga sexóloga e escritora, foi detida esta segunda-feira depois de ter esfaqueado o pai, o conhecido criminologista e professor universitário José Manuel Anes.
Apesar de tudo indicar que a mulher de 48 anos terá sofrido um surto psicótico – nomeadamente as confissões sórdidas que deixou nas redes sociais após o ataque – a verdade é que estas alegadas perturbações mentais não serão de agora.
Há vários meses que Ana Anes fazia publicações bizarras nas redes sociais acusando o pai de ser um agente secreto e de ser um dos autores do atentado de Camarate, que vitimou Francisco Sá Carneiro. Mas... havia uma outra temática que também era assunto frequente nestas publicações: dinheiro.
A autora do livro 'Sete anos de Mau Sexo' revelou ter sido excluída da herança do pai e acusava-o de ter deixado tudo a uma alegada ex-aluna, Carla Pinheiro, outro dos habituais 'alvos' da sua revolta.
"Eu descobri que fizeste parte do atentado de Camarate e tens imóveis, obras de arte e muito dinheiro escondido ao longo destes anos e quem agora gere e lava o dinheiro é a Carla Pinheiro a quem fizeste um testamento a excluir-me", escreve numa das publicações.
A CMTV também apurou que Ana procurava o pai com frequência para lhe pedir dinheiro, ainda que nas redes sociais afirmasse que "o seu verdadeiro pai" era o padrasto, Jean Pierre Rawson. De resto, nas redes sociais usava o nome Ana Rawson.
Também foi revelado na CMTV que José Manuel Anes já se tinha queixado anteriormente da relação problemática com a filha.
O ex-presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo deu entrada no Hospital de São José em estado grave com ferimentos na barriga, mãos e pernas mas, segundo o 'Expresso', já estará livre de perigo.
De acordo com a 'CNN Portugal', no momento da condução à cela no Estabelecimento Prisional de Tires, foi observado que a mulher se encontrava "emocionalmente fragilizada, apresentando sinais de choro". Foi monitorizada com regularidade e manteve-se sempre deitada, sem causar qualquer situação de risco ou distúrbio. Não foram ainda registados comportamentos agressivos, auto lesivos ou de agitação.
Segundo revelou Tânia Laranjo na CMTV, a mulher irá conhecer as medidas de coação esta quarta-feira e deverá ser acusada de tentativa de homicídio. Posteriormente, no âmbito do processo, irá averiguar-se se é, ou não, inimputável por força de uma anomalia psíquica.