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Famosas atiram-se a Luís Osório no debate do "pôs-se a jeito": "Pimenta no c* dos outros é refresco"

Iva Domingues e Cláudia Lopes não poupam Luís Osório sobre palavras sobre as mulheres que são vítimas de violência doméstica. "É sempre tão fácil falarmos do alto das nossas bolhas de privilégio".
Por FLASH! | 13 de junho de 2025 às 12:14
Famosas reagem a Luís Osório sobre violência doméstica após crónica polémica Foto: Flash

Depois do comentário polémico de Cristina Ferreira sobre a mulher morta à faca às mãos de um ex-companheiro em Oliveira do Bairro ter motivado diversas queixas na ERC, com a apresentadora a afirmar que esta se colocou, de alguma forma, "a jeito" ao entrar para dentro do carro do agressor, foi a vez de o jornalista Luís Osório escrever sobre o tema na sua crónica 'Postalinho'.

O escritor deu razão à apresentadora e num longo texto explicou porque é que, na sua ótica, as vítimas "se põem a jeito" ao perpetuarem relações tóxicas com agressores.

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"É verdade que há mulheres que se põem a jeito para que as tragédias aconteçam. Não por usarem roupas provocantes – era só o que faltava. Não por desejarem impor a sua vontade – era só o que faltava (...) Também não por terem culpa, são absolutamente inocentes. Mas quando um homem é violento, quando desde o primeiro momento é doentiamente possessivo, quando trata a mulher como se fosse sua exclusiva propriedade, quando humilha e maltrata, quando ameaça (...) quando alguém que namora com uma besta quadrada continua a fazê-lo, quando alguém entra no carro de um homem que constantemente a ameaça por achar que nada de mal irá acontecer… desculpa-me, mas está a pôr-se a jeito."

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O caso originou, como seria de esperar, diversos comentários, com várias figuras públicas a não deixarem passar em branco o texto de Luís Osório.

"Olhe que não, olhe que não", escreveu Iva Domingues, enquanto a jornalista Cláudia Lopes foi mais direta nas palavras.

"Caro Luís Osório, falamos muito do que não sabemos. Mas como pessoas pública devia pensar melhor e não falar do que não sabe. Infelizmente as circunstâncias das vítimas são tão singulares como cada vítima e é sempre tão fácil falarmos do alto das nossas bolhas de privilégio. Porque como se diz no Porto: pimenta no c* dos outros é refresco!", escreveu.

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Também Marta Rangel alertou Luís Osório para a importância de se analisar o contexto pessoal e socioeconómico de cada vítima e não banalizar um tema tão complexo.

"Infelizmente uma vítima nem sempre tem esse discernimento. E não é preciso ser - ou ter sido - vítima para sabê-lo. Muitas vezes são isoladas de tal forma que deixam de acreditar nelas. Outras vezes não têm recursos - emocionais, psicológicos, financeiros - para sair da situação. Muitos agressores são de tal forma manipuladores que algumas vítimas acreditam que têm culpa. 'Pôr-se a jeito' nunca será uma boa expressão - dentro ou fora do contexto."

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