
A permanência do príncipe Harry nos Estados Unidos volta a estar ameaçada. A viver em Los Angeles há cinco anos com a mulher Meghan Markle e os dois filhos, o descendente mais novo do rei Carlos III vai voltar a tribunal para explicar porque, no seu complexo processo de imigração, alegadamente, terá ocultado no questionário ter consumido drogas.
Quem o vai obrigar a apresentar-se em breve perante um juiz são os autores do Projeto 2025 – que integra propostas de políticas conservadoras da The Heritage Foundation, um think tank conservador norte-americano com sede em Washington que tem por missão formular e promover políticas públicas conservadoras de livre mercado, governo limitado, liberdade individual, valores tradicionais e uma forte ênfase na defesa nacional.
Harry voltará assim a tribunal para uma audiência com o objetivo de libertar os seus documentos privados da imigração. Os advogados da The Heritage Foundation querem saber se o Duque de Sussex omitiu o uso de drogas nos formulários para o visto emitido em 2020, quando renunciou às funções reais como membro sénior da família real britânica.
O problema começa com o facto de ter Harry ter admitido no seu livro de memórias 'Na sombra', o consumo de estupefacientes, facto que, se tivesse sido declarado, teria determinado o indeferimento do pedido e a impossibilidade de ter documentação legal que lhe permitiria viver em solo norte-americano.
A The Heritage Foundation entrou com um processo contra o Departamento de Segurança Interna americano, o mesmo foi arquivado em setembro de 2024, mas agora um juiz ordenou a presença dos advogados do príncipe e da referida fundação num tribunal federal em Washington. Segundo a imprensa americana, um ex-membro do Governo adiantou que o Presidente Donald Trump pode intervir e libertar os documentos, quando antes disse que não protegeria o príncipe britânico. Caso se apure que Harry mentiu, o seu visto pode ser confiscado, tornando-o ilegal nos Estados Unidos.