
O psicólogo Eduardo Sá causou surpresa ao reaparecer nos ecrãs de televisão em cadeira de rodas. O mediático clínico, de 63 anos de idade, com várias intervenções públicas, principalmente nas áreas da psicologia infantil e parentalidade, sofreu um grave acidente que o atirou para esta situação.
Eduardo Sá esteve no 'Dois às 10' desta quarta-feira, a pretexto do lançamento do seu mais recente livro 'Queridos Filhos – É com erros que se fazem bons pais', mas foi a sua surpreendente condição física, desconhecida da grande maioria dos portugueses, que acabou por dominar a conversa com Cristina Ferreira.
Foi a primeira vez que o psicólogo falou do acidente que aconteceu há quatro anos e que lhe condiciona a vida desde então. Após mudar-se para uma aldeia em Aveiro, em busca de uma vida mais tranquila, sofreu uma aparatosa queda em casa que resultou numa lesão irreversível. "Uma queda simples em casa", referiu, sublinhando que foi um acidente "que pode acontecer a qualquer um de nós".
"Sou o exemplo vivo de quem anda sempre sobre rodas", brincou Eduardo Sá, explicando que atualmente depende da cadeira de rodas para se movimentar. A recuperação após o acidente foi longa, exigindo seis meses de internamento hospitalar: "Tive uma experiência duríssima que não recomendo a ninguém, estar fechado seis meses num hospital com características fora do vulgar. Portanto, nessas circunstâncias, passadas poucas horas de me ter espatifado todo, eu perguntei o que é que queria fazer da minha vida", contou.
Os seis meses em que esteve internado serviram para o psicólogo voltar a escrever as suas crónicas e assim manter-se ativo profissionalmente, chegando mesmo a fazer programas de rádio a partir do hospital.
Sem nunca desitir nem perder a esperança no futuro, Eduardo Sá reconhece que este foi um caminho difícil. "A ansiedade e a depressão são sinais vitais, as pessoas saudáveis reagem inevitavelmente a tudo o que lhes passa. Ficam tristes, ficam alegres, ficam raivosas, ficam tudo, tudo. As pessoas doentes são aquelas que passam a vida a fintar isso e acham que têm um escudo protetor invisível até à altura em que já não podem mais e depois desmoronam", concluiu.