
Foi há 15 meses que o rei Carlos III anunciou a sua batalha contra o cancro e desde então tem gerido a sua condição de saúde de forma discreta, mas sempre com positivismo. No entanto, esta quarta-feira, dia 30, foram tornadas públicas as suas palavras mais pessoais e emotivas desde que foi diagnosticado com a doença.
Numa carta endereçada a alguns companheiros que partilham a luta contra a doença, e que convidou para um jantar no Palácio de Buckingham, o rei descreveu como "assustador" o momento em que se recebe um diagnóstico de cancro e falou como, no seu caso pessoal, foi inspirado por outros testemunhos, como foi o caso da jornalista Deborah James, que acabaria por perder a luta contra a doença, mas que teve sempre um discurso de aproveitar a vida, "correndo riscos, amando com todas as forças e nunca perdendo a esperança".
Num tom sempre comovido, de quem ainda está a meio da batalha, o monarca, de 76 anos, admitiu que mantém os tratamentos, como alguém que "vive com cancro", e revelou que a sua recuperação continua a correr de acordo com uma boa perspetiva. Destacou ainda a importância de todos aqueles que perdem tempo e dedicam as suas energias a cuidar de quem está doente e o "profundo impacto das ligações humanas" nesta fase. "Os momentos mais escuros podem ser iluminados por esta grande compaixão", fez saber.