
Vem aí mais uma 'bomba' para a família real espanhola: a autobiografia de Iñaki Urdangarin, prevista para janeiro do próximo ano.
Pilar Eyre, jornalista e especialista em assuntos da família real espanhola revelou ao programa 'Tardear' que o ex-marido da infanta Cristina e antigo jogador de andebol começou a escrever as suas memórias ainda na prisão, durante a pena que cumpriu por prevaricação, fraude fiscal e tráfico de influências.
"É um livro sobre a sua vida. Nele, ele fala sobre a sua carreira como atleta, mas também sobre o seu casamento com Cristina, o seu relacionamento com os sogros e, claro, tudo o que passou nos últimos anos", explicou.
Urdangarin ter-se-á refugiado na leitura e na escrita para combater a solidão na prisão.
"Foram dois anos e cinco meses de completa solidão", afirmou Eyre.
"Conheço alguém que o visitou na prisão. Ele vivia numa cela monástica, minúscula, apenas com uma cama e uma cadeira. Não falava com ninguém o dia todo".
Eyre ainda não teve acesso aos textos, mas conhece os pensamentos que foram colocados no papel através dessa mesma fonte e considera que o livro vai abalar a família real espanhola: Urdangarin sente-se profundamente magoado e traído pelo ex-sogro, o rei emérito Juan Carlos, uma vez que considera que ele nunca o defendeu durante o caso Noos.
Mas Juan Carlos não será o único visado na autobiografia; os reis Felipe VI e Letizia também não deverão sair 'incólumes'.
"Felipe e Letizia eram muito amigos dele. Iam muito a Barcelona e os quatro saíam muito. Eram amigos íntimos, e naquele dia em 2015, quando Dom Felipe decidiu destituí-lo do título de Duque de Palma, foi um balde de água fria que ele não conseguiu esquecer", afirmou Eyre.