
A julgar pelas declarações que têm sido proferidas durante as várias audiências do julgamento que opõe os Anjos a Joana Marques, relatadas minuciosamente pelo 'Observador', é provável que a dupla de cantores perca o processo, uma vez que tem sido difícil de provar que foi a montagem que a humorista fez que causou os alegados prejuízos financeiros de que os irmãos Rosado se queixam.
E, se assim for, em vez de receberem o milhão e 118 mil euros que exigem de indemnização, os Anjos vão ter de desembolsar cerca de 31 mil euros em custas judiciais.
E o valor é alto precisamente devido ao número astronómico que estão a exigir a Joana Marques; de acordo com o advogado Paulo Saragoça da Matta, em declarações à 'CNN Portugal', "as custas têm por base o valor da ação".
Recorde-se que, segundo o 'Expresso', os Anjos cobram 20 mil euros por concerto, o que significa que, se perderem o processo, vão ter de pagar o equivalente a um concerto e meio.
De notar ainda que o 'Página Um' analisou recentemente as contas anuais da empresa dos Anjos 'Angel Minds - Gestão e Promoção de Espetáculos Lda', entre 2019 e 2023 e conclui que não há evidências de prejuízos financeiros causados por esse episódio... antes pelo contrário.
De acordo com os dados financeiros, 2022, ano do vídeo em causa, foi mesmo o melhor ano da empresa desde 2019, registando receitas de cerca de 448 mil euros.
Segundo o 'Página Um', em 2019 a Angel Minds faturou cerca de 402 mil euros, enquanto nos anos de 2020 e 2021 as receitas caíram para menos de 90 mil e 105 mil euros, respetivamente.
Ainda em 2022, os Anjos mantiveram uma forte presença no circuito de eventos municipais, tendo celebrado 12 contratos públicos, 11 dos quais assinados depois da publicação do vídeo satírico, com valores elevados de cachets.
Já em 2023, apesar de uma ligeira redução no número de atuações públicas (11 eventos), os valores por espetáculo mantiveram-se elevados. Em 2024 e 2025, os concertos continuam a surgir com regularidade.