
Aos 62 anos, e com 40 de carreira, Júlia Pinheiro é um dos rostos que se mantêm no pequeno-ecrã. Um caso de longevidade, a par, por exemplo, com Manuel Luís Goucha, de quem é grande amiga, e com quem compete nas audiências das tardes.
No entanto, há mudanças na grelha da SIC e a estrela viu o seu formato em nome próprio reduzido a 25 minutos. Uma mudança estratégica, encarado por muitos como uma despromoção, mas que a apresentadora - que já viu de tudo um pouco durante os seus anos de carreira - está a gerir de forma tranquila. "Os programas de televisão são finitos, um dia começam e depois acabam, ou não acabam e têm formatações que melhoram o seu desempenho. Foi isso que aconteceu. Eu fui programadora, sei exatamente o que é que está em apreço", disse à TV7 Dias, acrescentando que não encara a mudança nem como uma despromoção nem como algo negativo.
A apresentadora admite ainda de como se tem reinventado, criando desafios paralelos à sua carreira televisiva, como o podcast em que colocou o tema da menopausa em cima da mesa, depois de a sua experiência pessoal a ter confrontado com o facto de a maioria das mulheres não estarem preparadas para lidar com as mudanças que se operam nesta fase da vida.
"Para mim foi horrível, até eu perceber o que se estava a passar. Achava que estava maluca. Sentia uma tristeza enorme, um enorme desânimo, uma falta de vontade tremenda de tudo, uma sensação de nevoeiro mental absurdo, como se eu, de repente, tivesse perdido todas as minhas faculdades para dizer bom dia. Entre os 50 e os 60 anos foi a altura em que eu trabalhei mais na minha vida. Cheguei aos 60 e fui atropelada pela menopausa. Aí comecei a perceber e a escolher outro acompanhamento e acertei. Agora já estou funcional”, afirmou.