
Depois de o governo português declarar que compreende as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria, realizada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, Marcelo Rebelo de Sousa concordou esta manhã com o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Portugal já manifestou pelo seu governo a compreensão para com a razão e a oportunidade da intervenção de 3 amigos e aliados, limitada às estruturas de produção e distribuição de armas estritamente proibidas pelo direito internacional e cujo uso é intolerável e condenável", começou por afirmar o Presidente da República nas cerimónias do Dia do Combatente, centenário da Batalha de La Lys, no Mosteiro da Batalha.
Marcelo reafirmou também o apelo do governo português "por uma investigação independente sobre crimes de guerra e uma solução política negociada e pacífica, a pensar naquele povo martirizado".
O Presidente assegura que "só o fim da escalada de violência e a vontade construir a paz permitirão caminhos de futuro" na Síria.
ATAQUE CONJUNTO
Os Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam uma zona junto de Damasco, na Síria, por volta das 2h da madrugada, hora de Lisboa, justificando a ação com o ataque químico em Douma, a 7 de abril, atribuído ao regime sírio.
De acordo com a Casa Branca, o ataque visava o centro de investigação científica, perto da capital síria, 2 armazéns de armas químicas, situados a oeste de Homs, e ainda um centro de comandos.
Até ao momento, fala-se em mais de 100 mísseis lançados na operação.
Moscovo já reagiu afirmando que haverá consequências da ação militar.