Indignação nos Estados Unidos após libertação de Bill Cosby, condenado por agressão sexual
Comediante norte-americano havia sido julgado por agredir sexualmente Andrea Constand, mas condenação foi anulada devido a promessa de promotor.
Bill Cosby tornou-se esta quarta-feira um homem livre, com a sua condenação de 2018 a dez anos de prisão efetiva por agressão sexual a ter sido anulada pelo Supremo Tribunal. Isto porque foi decidido que o promotor do caso era obrigado a manter a promessa do antecessor de não acusar formalmente o comediante.
A condenação deveu-se a atos cometidos pelo humorista de 83 anos no ano de 2004, quando fora comprovado que drogou e agrediu sexualmente Andrea Constand na sua residência, num dos capítulos mais significativos do movimento ‘Me Too’, sendo que Cosby fora também acusado por 60 outras mulheres por casos semelhantes.
A decisão foi recebida maioritariamente com indignação: a atriz Amber Tamblyn declarou-se ‘furiosa’, tendo declarado conhecer algumas das mulheres que Cosby terá alegadamente "drogado e violado, quando estavam inconscientes", enquanto que Janice Baker Kinney, uma das cinco mulheres que testemunharam contra a antiga estrela de televisão, e a acusadora Eden Tirl mostraram-se revoltadas com a decisão, de acordo com o 'The Philadelphia Inquirer'.
O próprio Bill Cosby já reagiu através do Twitter, escrevendo: "Nunca mudei a minha postura ou a minha história. Sempre mantive a minha inocência. Obrigado aos meus fãs, aos meus seguidores e à minha família."