
Jackie Kennedy: uma vida de traições
Depois de ter ficado viúva de John F. Kennedy, a primeira-dama dos EUA pensou no suicídio. Uma nova biografia de Jackie diz ainda que ela sabia dos 'affairs' do marido mas continuava a amá-lo... e a traí-lo.
Passaram mais de 22 anos desde que Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis morreu, vítima de cancro no sistema linfático. Mas a vida da antiga primeira-dama dos Estados Unidos e viúva de John F. Kennedy continua a ser um caso de enorme curiosidade um pouco por todo o mundo. E, uma nova biografia, ‘Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis: A História Nunca Contada’, de Barbara Leaming traz novos episódios até agora desconhecidos do público. De acordo com a autora, Jackie Kennedy ficou muito abalada com a morte do marido, assassinado em Dallas em 22 de novembro de 1963, de tal forma que a ideia de suicidar-se chegou a ganhar forma no seu pensamento.
Consumida pela dor e desesperada por saber que teria de educar os filhos Caroline, com seis anos na altura, e John Jr., com três, a primeira-dama manifestou a dois sacerdotes a vontade de pôr termo à vida. "Achas que Deus me afastaria do meu marido se me matasse?" terá questionado ao padre Richard McSorley. O sacerdote disse-lhe por várias vezes que não era justo pedir a morte e convenceu-a do quanto os filhos precisavam de si.
Refúgio no álcool
Esquecida a ideia do suicídio foi o álcool o refúgio de Jackie Kennedy. Grandes quantidades de vodka de resto já faziam parte da sua vida e serviam-lhe de consolo na hora de lidar com as traições do marido. John F. Kennedy era conhecido pelos seus casos extra-conjugais. A amante mais conhecida do 35.º presidente dos Estados Unidos foi Marilyn Monroe e Jackie sabia do romance. A primeira-dama chegou mesmo a escrever sobre ela em tom de desabafo ao padre Richard McSorley.
Mas Jackie sempre soube lidar com as traições do marido e embora soubesse muito sobre o assunto, fingia saber muito pouco. "O casamento deles foi o casamento de uma era. E no fim do dia Jack [forma carinhosa como John F. Kennedy era tratado] voltava sempre para Jackie. Eles amavam-se", referiu à revista People um amigo próximo da família. "Ela vinha de um mundo onde os homens tinham este tipo de comportamento, e aceitava-o", explica ainda Pamela Keogh, autora do livro ‘Jackie Style’.
Ela também traiu
Apesar de serem as infidelidades de John F. Kennedy as mais faladas, há também quem garanta que para se vingar do marido Jackie também o traiu com dois homens. O primeiro caso amoroso terá sido com o ator William Holden e o segundo com Roswell Gilpatrick, o então número dois do departamento de Defesa dos EUA. Idolatrada por milhões de mulheres em todo o mundo e considerada um ícone de beleza e elegância, Jackie não teve uma vida fácil enquanto primeira dama, mas nunca baixou os braços. E, mesmo quando ficou viúva soube dar a volta por cima. Casou com Aristóteles Onassis cinco anos depois do assassinato do marido e, até à data da sua morte, a 19 de maio de 1994, aos 65 anos, manteve a sua personalidade pragmática.