Overdoses, abuso do álcool. Maradona fintou a morte por quase 30 anos, até o coração não poder mais
Os detalhes de todas as idas aos cuidados intensivos, as cirurgias e as recaídas de Diego Maradona, o génio que morreu aos 60 anos.
Os últimos meses foram duros para Diego Maradona. O astro foi submetido a uma cirurgia no cérebro meses antes de fazer 60 anos de idade, mas engana-se quem pensa que foi o pior desafio do astro argentino no que toca à saúde. El Pibe passou quase 30 anos a fintar a morte. "Que jogador teria sido se não fosse a cocaína", chegou a afirmar numa entrevista.
A primeira vez que foi apanhado pelo vício foi em março de 1991, quando chegou a ser punido e afastado do futebol durante 15 meses. Três anos depois o antidoping voltou a denuncia-lo, tendo sido afastado da seleção argentina.
O maior susto (tornado público) foi mesmo nos primeiros dias do ano 2000, quando sofreu uma paragem cardíaca devido a uma overdose de cocaína no resort uruguaio de Punta del Este, tendo ficado dois dias em coma nos cuidados intensivos. Acordou sem saber onde estava, disse na altura o seu representante Guillermo Cóppola. O primeiro pedido de Maradona ao agente foi um bife com ovo e batatas fritas, relatam os jornais argentinos. O tratamento de Maradona foi em Cuba, onde criou uma forte amizade com Fidel Castro.
Quatro anos depois, Maradona regressou aos cuidados intensivos, desta vez a pesar 100 quilos e com o coração a apresentar problemas. Primeiro foi tratado a uma crise cardíaca e respiratória e, já recuperado, foi submetido a uma cirurgia bariátrica que lhe fez perder 50 quilos nos meses seguintes. Mas o álcool era outra das suas tentações. Em 2007, regressou ao hospital em estado grave com uma crise da hepatite, seguindo mais tarde para um hospital psiquiátrico. Depois desta experiência, Maradona viveu dez anos relativamente saudáveis até passar por uma nova cirurgia, agora ao ombro esquerdo no Dubai. Em 2019 teve mais dois sustos. No início do ano um sangramento no estômago levou-o a fazer uma cirurgia abdominal. Sete meses depois o joelho direito precisou de uma operação.
Mas o álcool era outra das suas tentações. Em 2007, regressou ao hospital em estado grave com uma crise da hepatite, seguindo mais tarde para um hospital psiquiátrico.
Depois desta experiência, Maradona viveu dez anos relativamente saudáveis até passar por uma nova cirurgia, agora ao ombro esquerdo no Dubai.
Em 2019 teve mais dois sustos. No início do ano um sangramento no estômago levou-o a fazer uma cirurgia abdominal. Sete meses depois o joelho direito precisou de uma operação.
No início deste ano, os médicos detetaram um hematoma subdural crónico no cérebro, o que obrigou o astro argentino a fazer uma drenagem na zona para interromper a hemorragia. Já internado, os especialistas notaram que poderia estar a passar por um período de abstinência do álcool, com anemia e desidratação. Nos últimos meses, o astro recuperava junto da família na mansão de Tigre, nos arredores de Buenos Aires. Uma das frases mais marcantes de Maradona numa entrevista em 1996 foi: "Eu era, sou e serei um viciado em drogas".
Nos últimos meses, o astro recuperava junto da família na mansão de Tigre, nos arredores de Buenos Aires.