
Passaram-se, esta quarta-feira, 40 anos desde a abrupta morte de Grace Kelly. A princesa do Mónaco sofreu uma hemorragia cerebral enquanto regressava ao Mónaco numa viatura onde a acompanhava a filha mais nova, a princesa Stéphanie.
Aí, a mulher do rei Rainier, que tinha 52 anos, perderia o controlo do carro no sudoeste de França, tendo este caído para fora da estrada, levando-a a sofrer lesões que acabariam por ser fatais, apesar de ter chegado com vida ao hospital público monegasco, hoje chamado de Centro Hospitalar Princesa Grace, em sua honra. Ao funeral, acorreriam centenas de pessoas, entre elas personalidades como a princesa Diana ou Nancy Reagan, que choraram a perda de um dos maiores ícones daquela era, quer como parte da realeza, quer como estrela de Hollywood.
O falecimento permanece envolto em mistério, com teorias que duvidam da versão oficial, entre elas que seria Stéphanie ao volante (algo que esta negou em 2002, numa entrevista à ‘Paris Match’), que ambas estariam a discutir sobre o namorado de Stéphanie, Paul Belmondo, tese que não negou por querer manter alguns detalhes para si. Outra alegava que se terá tratado de um atentado cometido para intencionalmente causar a morte de Grace Kelly. Para isto terá, provavelmente, contribuído a diferença entre as primeiras notícias que foram dadas sobre o acidente, que pretendiam suavizar a situação, declarando que as mazelas não a colocariam em risco de vida.
Os motivos exatos do acidente permanecem, contudo, desconhecidos. Sabe-se apenas que houve vários fatores que poderão ter contribuído para o infeliz desfecho: por exemplo, a princesa Carolina referiu que Grace estaria particularmente fatigada naquele verão. De resto, Stéphanie refere que se lembra de ouvir a mãe queixar-se de uma dor de cabeça, algo que coincide com a versão do Dr. Jean Chatelain, cirurgião do hospital do Mónaco, que indica que a princesa do Mónaco teria sofrido uma hemorragia antes do acidente.
No final de contas, será impossível ter a certeza sobre o que aconteceu naquele dia, mas factual é que o mundo perdeu um dos seus grandes símbolos e que aquela noite é lamentada no Principado, liderado pelo seu filho, Alberto II, até aos dias de hoje.