
Felipe VI não soube gerir o imenso "problema" que tinha em mãos: Jaime del Burgo. Desde 2013 que o rei sabia do suposto romance extraconjugal que Letizia manteve, ao que parece ao longo de dois anos, com o ex-cunhado e não fez nada para evitar que o escândalo rebentasse 10 anos mais tarde, como veio a acontecer. Esta é, pelo menos, a perspetiva de Juan Carlos que considera o filho um "incapaz".
Encurralado pelo escândalo e pela humilhação pública, o rei ainda está a tentar remediar os estragos provocados pelas revelações de Jaime del Burgo. Assim, decidiu mudar o chefe da Casa Real. Promoveu a saída de Jaime Alfonsín e escolheu alguém em que deposita maior confiança: Camilo Villarino, de 60 anos.
Pilar Eyre já se pronunciou sobre esta mudança: "Se estava previsto substituir Alfonsín, pois fizeram-no no pior momento. É a altura mais inoportuna para mudar o chefe, é o momento mais agitado da monarquia em Espanha, e é precisamente agora que tiram Alfonsín e põem Camilo Villarino", começou por criticar a escritora e especialista em assuntos da realeza.
Continua a jornalista: "Os ataques a Letizia são ataques a Felipe. Continuou-se com o elo mais fraco que é Letizia. Para problemas novos, atitudes novas. Deveria haver um comunicado de apoio à rainha. Até agora não eram proativos, não reagiam em público. Manifestam-se através de certos jornalistas ou certas atitudes. Escolher Camilo Villarino é porque não podem continuar assim. Terá melhor sintonia com o Governo atual. É um perfil discreto, mas setores da extrema direita já o estão a criticar."
Pelo que está a ser veiculado, Juan Carlos não está nada satisfeito com esta troca e considera que o novo chefe da Casa Real não está em condições de resolver o caso Jaime del Burgo. Diz o rei emérito que Camilo Villarino é um "cobarde, possibilista" e não passa de "um secretário".