
O príncipe Alberto II do Mónaco tem mais uma batalha na próxima semana, agora contra uma viúva que não conhece e que luta para receber a herança do falecido marido.
De acordo com a 'Vanitatis', o processo arrasta-se na Justiça francesa há quase 10 anos e deverá ser concluído no próximo dia 9.
Em causa está a herança de 3,5 milhões de euros que um reformado norte-americano, Kellog Smith, deixou ao príncipe Alberto II, mesmo sem conhecê-lo, para que destinasse a fortuna às instituições de caridade.
De acordo com a 'Vanitatis', Kellog Smith casou-se com uma professora em 1999, Isabella Smith, mas os dois acabaram por separar-se depois que ele tentou cometer suicídio. O divórcio, contudo, nunca foi assinado.
Quando Kellog morreu em 2011, um primo de Alberto II revelou um testamento escrito a mão pelo homem, em que deixava a sua fortuna ao príncipe. O documento também foi assinado pelo próprio primo de Alberto II.
"Acontece muitas vezes. Pessoas que não têm herdeiros deixam a fortuna ao príncipe Alberto, que doa o dinheiro às fundações", afirmou o advogado do príncipe.
Mas anos antes, Kellog tinha atribuído a sua fortuna à mulher, de quem nunca se separou oficialmente. "Pelo que sei, não deixo nenhum testamento de natureza jurídica [...] A minha herança, dinheiro e propriedades podiam ser distribuídos: um terço à minha mulher e o restante a instituições de caridade honestas no Mónaco ou noutro lugar", escreveu o homem num bilhete de suicídio, que não aconteceu.
Alberto II chegou a ganhar batalha jurídica no Mónaco, mas perdeu o julgamento no Tribunal Superior de Paris e teve de devolver toda a herança. Faltou entregar o apartamento do homem e o acesso aos fundos em poder do banco. Isabella Smith ainda luta para recuperar estes bens.