
A morte de Silvio Berlusconi, no dia 12 de junho, levou a que o império criado pelo magnata nascido e falecido em Milão fique dividido principalmente pelos seus cinco descendentes diretos: Marina Elvira, de 56 anos, e Pier Silvio, de 54, do casamento com Carla dall’Oglio, e Barbara, de 38, Eleonora, de 37, e Luigi, de 34, do matrimónio com Veronica Lario.
São 6,8 mil milhões de euros o valor no qual estava avaliado o património do antigo primeiro-ministro italiano e ex-dono do AC Milan pela Forbes, mas, segundo o ‘Quotidiano Nazionale’, há ainda um valor efetivo sobre a herança que Berlusconi irá deixar, ainda que deverá situar-se entre os 2 e 4 mil milhões de euros.
No centro do império está a Fininvest, a ‘holding’ da qual Silvio Berlusconi detinha 61% e que estava avaliada em 4,9 mil milhões de euros, controlando peões importantes do mercado transalpino. Desta, de acordo com a ‘Start Magazine’, em teoria, serão redistribuídos 40,3% pelos seus filhos, não sendo claro o que sucederá com os restantes 20,7%.
Entre estes estão incluídos 50% da imponente empresa de comunicação social Mediaset, 50% da editora literária Mondadori , 30% do banco Mediolanum, 100% do AC Monza, clube de futebol que ‘Il Cavaliere’ levou do terceiro escalão italiano à Serie A e 100% do Teatro Manzoni, segundo uma infografia na ‘Gazzetta dello Sport’.
Os filhos, refira-se, já detinham várias ‘holdings’ com participações na Fininvest – 7,65% as de Marina e Pier Silvio, e 21,42% aquela partilhada por Barbara, Eleonora e Luigi. Estes últimos já somaram cargos importantes ao longo da carreira: a primeira foi CEO do AC Milan até 2022, a segunda é presidente da fundação Milan Onlus desde 2013, enquanto o último é co-proprietário da imobiliária Bel Immobiliare.
Entre a herança de Berlusconi estão ainda as casas privadas, sob a batuta da empresa Dolcedrago, que era sua propriedade praticamente por inteiro, estão, segundo o 'Corriere della Sera', avaliadas em mais de 500 milhões de euros.
Por fim, uma menção ao valor que será herdado pela sua última companheira, Marta Fascina, política do Forza Italia, que Berlusconi liderava até à sua morte: este estará situado entre os 90 milhões de euros e os 100 milhões de euros com a manutenção da residência em Arcore, afirma a comunicação social italiana.