
A coroa norueguesa vive, com certeza, um dos piores momentos da sua história. O filho mais velho da princesa herdeira Mette-Marit, enteado do herdeiro ao trono, o príncipe Haakon, viu agora formalizadas 32 acusações de diversos crimes que terá cometido.
Na conferência de imprensa, o procurador relatou os vários crimes imputados a Marius Borg e revelou ainda que alguns ocorreram há poucos meses, quando o escândalo já tinha rebentado, e outros foram cometidos nos terrenos oficiais da residência da Casa Real.
"É o dia mais sombrio da história da Casa Real", afirmou a especialista em realeza, Carolina Vagle: "Não há dúvida de que este caso é muito difícil para a família, mas também afetará a monarquia como instituição".
Os apoiantes da realeza norueguesa estão inquietos e até já questionam o conhecimento da família real deste caso, dúvidas que a levaram a fazer um comunicado após as declarações do procurador do Ministério Público: "Cabe aos tribunais tratar deste assunto e chegar a uma decisão. Não temos mais nada a acrescentar a este respeito", afirmaram apenas.
"É uma acusação muito grave e não há dúvida de que esta crise não tem precedentes na história da casa real, e até mesmo na monarquia em geral", afirmou Vagle. Apesar de aparentemente quererem que seja a justiça a agir, a frieza tanto dos atuais reis como dos príncipes herdeiros marcou os últimos meses na Noruega, gerando no público alguma desconfiança para com a Coroa.
O príncipe herdeiro Haakon surgiu ainda há poucos dias acompanhado por Marius Borg, depois de já se saber da intervenção do procurador. A ausência de uma demarcação clara entre a Casa Real e o filho de Mette-Marit de 28 anos, apesar da enorme gravidade das acusações que pesam sobre ele, tem causado grande indignação no povo.
Marius Borg deverá ser julgado no início do próximo ano e pode enfrentar uma pena de até dez anos de prisão, caso seja acusado dos crimes mais graves.