Bastou uma fotografia e uma manchete de uma revista para abalar de novo a casa real espanhola.
Já começa a ser quase obrigatório recorrermos a uma cábula para recordar com exatidão todos os momentos negros da família Borbón - e são tantos - desde a infância do rei emérito Juan Carlos a Iñaki Urdangarin, genro do monarca.
E é este, considerado o melhor jogador de andebol da história de Espanha, que volta a colocar o casa real nas "portadas" dos jornais - dos tabloides aos de referência - agora por causa de uma traição amorosa à infanta Cristina, com uma colega de escritório.
Iñaki, que foi a personagem central do famigerado Caso Nóos, um dos principais processos de corrupção política em Espanha, onde foi condenado a 5 anos de prisão, acabando por fazer com que a infanta perdesse todos os títulos nobiliárquicos e fosse afastada da família real, volta a envergonhar Cristina.
Inãki já assumiu o caso - era impossível desmentir as imagens - e nesta polémica que fez a atualidade em Espanha acabou por nascer um novo protagonista: Pablo Nicolas Urdangarin e Bourbon. O segundo de quatro filhos do ainda casal, de 21 anos, uma estrela do andebol do FC Barcelona tal como o pai, assumiu as rédeas da comunicação da família e com uma pose calma e educada - muito elogiada por todos - tem respondido sempre à imprensa quando é abordado no final dos treinos. "Estas coisas acontecem e vamos geri-las da melhor forma", assumiu Iñaki. "Ele disse muito bem, realmente", corroborou Pablo, que também falou sobre a sua mãe. Questionado sobre como estava a infanta, esclareceu: "Ela está bem, está bem. Estamos todos bem, em geral. Estamos felizes. É um assunto sobre o qual temos que conversar e pouco mais há a dizer." Sem qualquer nervosismo ou evasão à pergunta
Pablo negou ainda que as recentes férias de Natal tenham servido para os pais anunciarem a separação: "Não aconteceu nada disso. Foram férias em família e divertimo-nos muito."
Mas depois de Inãki assumir que está apaixonado por Ainhoa Arménia, casada e mãe de dois filhos, não deverá restar outra solução ao casal que o divórcio.
E talvez assim o rei Filipe VI perdoe a irmã e volte a deixá-la frequentar o palácio real.
